Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras, mas sobe em semana marcada por resultados corporativos
Investing.com — A pressão descendente nas previsões de lucro por ação (LPA) pode pesar sobre os mercados de ações nos próximos meses, mesmo que as empresas consigam superar as expectativas já reduzidas para o primeiro trimestre, segundo o principal estrategista do JPMorgan (NYSE:JPM).
Mislav Matejka, chefe de Estratégia Global e Europeia de Ações do JPMorgan, apontou para uma forte desaceleração nas revisões semanais de LPA nos Estados Unidos e na Europa recentemente.
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"As revisões semanais de lucros tornaram-se negativas novamente tanto nos EUA quanto na Europa, e estão desacelerando drasticamente", escreveu em uma nota na terça-feira.
Historicamente, essas revisões negativas têm sido "consistentes com a compressão dos múltiplos de preço-lucro (P/L)", uma tendência que ele acredita que provavelmente exercerá pressão sobre o desempenho das ações e interromperá a recente recuperação do mercado.
"Ambos provavelmente pressionarão o desempenho das ações nos próximos meses e interromperão a recente recuperação das ações, que foi auxiliada em parte pelo posicionamento técnico sobrevendido", explicou Matejka.
Embora as previsões do primeiro trimestre pareçam baixas o suficiente para serem superadas, o foco provavelmente mudará para as orientações das empresas em meio à elevada incerteza da política comercial. Matejka acredita que as orientações provavelmente serão muito menos positivas em comparação com os resultados, o que as empresas poderiam usar como uma oportunidade para reduzir suas perspectivas.
Além disso, o impulso da atividade enfraqueceu no 1º tri, com PMIs globais mais suaves e relações decrescentes de novos pedidos para estoques, também apontando para um tom corporativo mais cauteloso sobre perspectivas futuras.
Após os recentes cortes nas estimativas de LPA, os lucros do S&P 500 no 1º tri agora estão projetados para cair 8% em relação ao trimestre anterior, marcando uma queda significativamente mais acentuada do que o declínio sazonal típico de 1%.
O crescimento médio do LPA nos EUA é de apenas 1% em relação ao ano anterior, com expectativa de que os lucros fora do grupo Mag-7 aumentem apenas 3%, estendendo "uma sequência de 3 anos de entrega de lucros de no máximo um dígito".
Matejka acredita que as cíclicas e exportadoras devem ter as orientações mais desafiadoras. Como tal, ele vê as Defensivas como o lugar para os investidores se protegerem, particularmente se os rendimentos dos títulos caírem.
Os setores de commodities podem se manter melhor, apoiados por previsões de lucros que permanecem acima dos níveis de preços à vista.
As previsões anuais de LPA estão sendo revisadas para baixo, com projeções já cortadas em 2% desde o início do ano tanto nos EUA quanto na Europa. Matejka espera mais quedas se os temores de recessão continuarem a aumentar.
Em contraste, os lucros europeus poderiam mostrar força relativa pela primeira vez em dois anos, devido a uma redução na diferença dos PMIs regionais e suposições de consenso menos agressivas.
"Acreditamos que a entrega de LPA europeu parecerá mais promissora em comparação com os EUA do que foi nos trimestres anteriores, com a diferença provavelmente continuando a diminuir", disse Matejka.
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