👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

FECHAMENTO: Suspensão de Google a Huawei derruba índices; Ibov destoa e sobe

Publicado 20.05.2019, 18:08
© Reuters.
EUR/USD
-
US500
-
DJI
-
JP225
-
USD/BRL
-
GOOGL
-
LCO
-
CL
-
IXIC
-
IBOV
-
BBDC4
-
ENBR3
-
ITUB4
-
VALE3
-
SSEC
-
STOXX
-
GOOG
-
TIOc1
-

Investing.com - O início da sessão prenunciava mais um dia negativo para o Ibovespa, contaminado pela escalada da guerra comercial no exterior e aumento da retórica agressiva entre EUA e Irã. Mas o desejo de governo e Congresso em verem a reforma da Previdência aprovada, apesar de divergências e dificuldades do governo em formar uma base para aprová-la, trouxe apetite ao risco aos investidores. A sessão de hoje no Ibovespa também foi marcada pelo vencimento de opções, que impulsionou o volume negociado para R$ 22,3 bilhões.

O Ibovespa teve uma forte alta de 2,17% aos 91.946,19 pontos, com 63 papéis no azul. Desta forma, o índice se recupera de parte das perdas da semana passada, impulsionada por papéis que caíram fortemente no período. Para efeito comparativo, o iShares MSCI de mercados emergentes, ETF que reúne as principais ações de países emergentes, fechou em queda de 0,42%. Mesmo assim, as perdas acumuladas em maio são de 4,53% e provavelmente o principal índice acionário brasileiro deve encerrar o décimo maio consecutivo no negativo.

O dólar, entretanto, teve trajetória diferente. A moeda americana iniciou o dia com queda, mas os touros empurram-na para R$ 4,12 antes do leilão em linha do Banco Central. Esta intervenção da autoridade monetária consiste em venda de dólares das reservas internacionais, mas com compromisso de recompra. No fim da sessão, o dólar encerrou negociado a R$ 4,1048, praticamente estável, com leve alta de 0,07%, mas a maior cotação desde 19 de setembro.

Exterior foi de aversão ao risco

A inserção da Huawei em uma lista negra de empresas proibidas de realizar negócios com companhia americana na semana passada colocou a questão da transferência da tecnologia no cerne da disputa comercial entre EUA e China. Relembrando que esta questão, junto com a proteção de propriedade intelectual de empresas americanas, era ponto central das negociações entre os dois países.

Os EUA exigem o fim da transferência automática de tecnologia de empresas americanas para companhias chineses no país asiático e a proibição de roubo de propriedade intelectual na legislação chinesa. Esses dois pontos, no entanto, são centrais para o desenvolvimento econômico chinês. Por isso, nesta segunda-feira a China acusou os Estados Unidos nesta segunda-feira de manterem "expectativas extravagantes" para um acordo comercial, destacando o abismo entre os dois lados. Mas os EUA respondem, inclusive pelos tweets do presidente Donald Trump, que os chineses retrocederam após um acordo preliminar ser fechado.

Voltando à Huawei, a entrada na lista negra impede a companhia de realizar negócios nos EUA, seja na venda de equipamentos ou empresas fornecedoras. A decisão do Google (NASDAQ:GOOGL) de suspender negócios com a companhia asiática em áreas que exigem transferência de hardware, software e serviços técnicos – com exceção de serviços disponíveis em código aberto - foi um efeito prático, que vai afetar a cadeia produtiva de softwares e promoveu quedas nos índices acionários em Wall Street, na Europa e na Ásia.

Na China, o Shanghai Composite 0,41%, enquanto o Nikkei no Japão teve uma ligeira alta de 0,24%. Na Europa, o Euro Stoxx 600, que reúne os principais papéis do continente, despencou 1,06%. Em Wall Street, os três principais índices acionários também fecharam no vermelho, com destaque para a queda expressiva da Nasdaq a 1,46%. O S&P 500 perdeu 0,68% e Dow Jones caiu 0,33%.

Reforma da Previdência: consenso em aprovação, mas com divergências

A crise política do governo do presidente Jair Bolsonaro não retirou a vontade de principais lideranças do Congresso em aprovar a reforma da Previdência. Uma semana após sofrer protestos por contingenciamento na educação e compartilhar um texto apócrifo sobre o Brasil ser “ingovernável”, Bolsonaro manifestou na segunda-feira o objetivo de sua administração em ver a reforma aprovada para, em seguida, lançar a reforma tributária para “destravar os negócios no Brasil”.

A declaração foi uma resposta ao presidente da Comissão Especial, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que reivindicaram protagonismo do Congresso para a aprovação da Previdência e pautar sem a presença do Palácio do Planalto a reforma tributária. Inclusive, na sexta-feira o relator Samuel Moreira (PSDB-SP) chegou a dizer sobre um texto substitutivo à proposta original do governo, mas voltou a atrás e disse, nesta segunda-feira, que haverá substituições no texto original para retirada de aposentadoria rural e BPC, preservando a economia estimada de R$ 1 trilhão em 10 anos. O parecer, segundo Moreira, deve ficar pronto para 15 de junho.

Se vai valer a proposta original do Ministério da Economia ou um novo elaborado no Congresso, resta saber a principal dúvida: a real capacidade do governo de constituir uma base para aprová-lo? Ou se, caso o governo continue incapaz na articulação, o Congresso vai conseguir avançar por conta própria? Qual será a economia estimada com as novas regras? Quando será votada em plenário na Câmara? As respostas e/ou combinação entre elas vai trazer indicativos do destino do Ibovespa nos próximos meses.

Petróleo

Houve uma divergência de trajetória nos dois preços de referência na cotação internacional do petróleo. O WTI, negociado em Nova York e referência nos EUA, subiu 0,59% a US$ 63,29, enquanto o Brent cotado em Londres caiu 0,19% a US$ 72,02.

Há uma disputa entre touros e ursos sobre a tendência de preço da commodity. Os ursos se baseiam na deterioração do crescimento das principais economias com a escalada da disputa comercial entre EUA e China, os dois principais consumidores do hidrocarboneto e que podem ver suas economias diminuírem o ritmo com a disputa.

Além disso, as especulações em relação à continuação da restrição da oferta realizada pela Opep e seus aliados, que retiraram do mercado 1,2 milhão de barris diários em janeiro. Após encontro preparativo para a reunião do grupo no fim de junho – que pode ser adiada para início de julho -, há uma divergência entre Arábia Saudita e Rússia. Especula-se que os sauditas defendam a manutenção da restrição de oferta, enquanto os russos também, mas aumentando o teto de produção.

Já os touros se apoiam na escalada da retórica agressiva entre EUA e Irã. Após os EUA se retirar do acordo nuclear e aplicar sanções, o governo do Irã ameaça retomar seu programa nuclear, o que gera mais pressão dos americanos. Além disso, há acusações de sauditas de sabotagem dos iranianos, por meio da etnia houthis em que o Reino luta contra no Iêmen, em instalações petrolíferas em território saudita.

Ações

- ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) avançou 2,6%, enquanto BRADESCO PN (SA:BBDC4) ganhou 2,72%.

- EDP (SA:ENBR3) subiu 3,82%, após empresa anunciar que pretende avançar no cobiçado setor de serviços em energia do Brasil com uma nova marca, que reunirá diversas soluções da companhia para clientes residenciais e empresas --um cardápio que envolve desde instalações de geração solar e eficiência energética até seguros.

- VALE recuou 2,03%, em meio a incertezas sobre a segurança das barragens de rejeitos das mineradora, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China. Na sexta-feira, a juíza Fernanda Machado, de Barão de Cocais (MG), decidiu elevar o teto da multa à Vale (SA:VALE3), atendendo pedido do Ministério Público, que disse que a mineradora não apresentou o estudo dos impactos para eventual rompimento da barragem Sul Superior.

- BRASKEM disparou 10,1%. O papel caiu cerca de 30% desde o início de abril, em meio a uma série de notícias negativas, incluindo deslistagem dos papéis em Nova York e de paralisação de operações de mineração em Alagoas.

*Com Reuters

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.