Por Geoffrey Smith e Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - Os ADRs da Petrobras (NYSE:PBR) e de outras companhias brasileiras derretem no pré-mercado americano, indicando abertura em forte queda por aqui após o presidente Jair Bolsonaro indicar a demissão de Roberto Castello Branco da petroleira e ainda mencionar possível interferência nos preços da energia elétrica. No exterior, os metais básicos atingem as máximas de 10 anos, com as apostas da reflação enfraquecendo o dólar e alta dos títulos de longo prazo.
Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na segunda-feira, 22 de fevereiro.
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1. Petrobras derrete
Os recibos de ações da Petrobras negociados em Nova York despencavam 17% no pré-mercado americano, enquanto o (NYSE:EWZ, principal ETF brasileiro negociado no exterior, caía 6,22%, com investidores reagindo à intervenção do governo no comando da Petrobras.
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O governo, principal acionista da petroleira, decidiu recomendar a substituição de Roberto Castello Branco no comando da Petrobras (SA:PETR4) pelo general Joaquim Silva e Luna, em um movimento considerado por analistas como perigoso para os negócios da estatal e que abre precedentes intervencionistas para outras companhias públicas do país.
No final de semana, Bolsonaro disse ainda que "vamos meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema também”. Segundo informações do Broadcast, do Estadão, há especulações ainda sobre uma possível troca de comando no Banco do Brasil (SA:BBAS3).
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2. Metais pesados
O movimento de expectativa pela reflação atinge os metais básicos com a expectativa de uma recuperação global sincronizada.
Os futuros do cobre em Londres quebraram o recorde de US$ 9.000 a tonelada pela primeira vez desde 2011, chegando a US$ 9.233 na máxima. Os contratos futuros do minério de ferro refinado, a principal matéria-prima da siderurgia, atingiram o valor mais alto em três semanas em Cingapura e agora estão menos de 5% abaixo da maior alta de 10 anos registrada em janeiro.
As negociações de metais são o outro lado da moeda da venda de dólar e de títulos do Tesouro americano de prazo mais longo. Essa tendência foi reforçada pelas perspectivas de que o pacote de estímulo americano de US$ 1,9 trilhão seja votado na Câmara dos Deputados esta semana.
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É um início de semana tranquilo no que diz respeito ao calendário de dados, com apenas pesquisas do Federal Reserve de Chicago e Dallas no radar.
Na terça e na quarta, o presidente do Fed, Jerome Powell, testemunha diante do Congresso americano.
3. Ações devem abrir em queda
Os mercados de ações dos EUA devem abrir em queda mais tarde, à medida que a perspectiva de aumento dos rendimentos dos títulos se reflete em custos mais altos para as empresas, algo que deprime os retornos sobre o patrimônio.
Às 9h18, os futuros do Dow Jones e os S&P 500 futuros caíam perto de 0,53% e 0,75%, respectivamente, enquanto os futuros da Nasdaq recuavam 1,33%.
As ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem a Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa) (SA:BERK34) e a Dish (NASDAQ:DISH) (SA:D1IS34), ambas divulgando balanço antes da abertura. O setor de petróleo e gás domina os últimos balanços, com Williams (NYSE:WMB) (SA:W1MB34), Occidental (NYSE:OXY) (SA:OXYP34) e Diamondback ({{NASDAQ:FANG) (SA:F1AN34) todos apresentando.
4. Boeing suspende alguns 777s após falha do motor
Outra ação que provavelmente estará em foco mais tarde é a Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34), que pediu às companhias aéreas que suspendessem qualquer aeronave 777 usando um modelo específico de motor Pratt & Whitney. Um dos motores de um voo da United Airlines (NASDAQ:UAL) (SA:U1AL34) saindo de Denver explodiu no fim de semana, jogando destroços em um bairro da cidade. Não houve fatalidades.
É o mais recente constrangimento para a empresa, que acaba de receber permissão dos reguladores para começar a voar com sua aeronave 737 MAX após dois anos no solo seguindo acidentes fatais.
As ações da Boeing caíram 3,7% no pré-mercado, enquanto a Raytheon (NYSE:RTN) (SA:RYTT34), proprietária da Pratt & Whitney, caiu 2,9%.
5. Petróleo volta a subir
Os preços do petróleo bruto começaram a semana em alta, em meio a sinais de que o complexo de energia do Texas estava começando a voltar ao normal após a onda de frio da semana passada que fechou os poços de produção, oleodutos e refinarias.
Por volta das 9h22, o petróleo WTI subia 1,05%, a US$ 59,87 o barril, enquanto o Brent avançava 0,97%, para US$ 62,74 o barril.