Futuros dos EUA caem à espera de dados do mercado de trabalho e balanço da Nike

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Por Peter Nurse

Investing.com - Os índices futuros de Wall Street operavam em baixa nesta quinta-feira (29) em Nova York, voltando aos níveis mais baixos do ano antes da divulgação dos dados de inflação e de crescimento.

Às 08h46, o contrato do Dow Jones Futuros caía 136,7 pontos ou 0,45%, do S&P 500 Futuros era negociado 25,2 pontos ou 0,68% menor, e do Nasdaq 100 Futuros recuava 115 pontos ou 1,01%.

Os principais índices de ações fecharam em alta na quarta-feira, com o blue-chip Dow Jones Industrial Average terminando mais de 500 pontos ou cerca de 1,9% mais alto, e o S&P 500 de base ampla subiu cerca de 2%, ambas as médias quebrando sequências de seis dias de queda. O índice de alta tecnologia Nasdaq Composite ganhou cerca de 2,1%.

Esta recuperação dos níveis mais baixos do ano seguiu-se à intervenção do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) para apoiar o mercado de títulos, bem como a libra, além de tentar evitar o contágio em outros mercados. No entanto, esta ação teve apenas um impacto limitado.

Além disso, as preocupações sobre a economia dos EUA entrarem em recessão permanecem com as autoridades do Federal Reserve deixando claro que querem que as taxas de juros permaneçam mais altas por mais tempo do que os investidores pensavam anteriormente para domar a inflação.

Há mais discursos de formuladores de políticas do Fed na quinta-feira, mas o foco provavelmente estará em outra divulgação de produto interno bruto para o segundo trimestre. Isso deve ocorrer às 09:30 e deve indicar que a economia contraiu 0,6% em relação ao primeiro trimestre. As reivindicações iniciais por seguro-desemprego semanais serão divulgados ao mesmo tempo.

Somando-se às preocupações, Moscou anunciou que a Rússia anexará formalmente mais quatro áreas da Ucrânia na sexta-feira, após referendos nas regiões. A anexação é condenada pela Ucrânia e pelo Ocidente, que classificam como "inválidas".

Este é "um movimento que pode tanto escalar dramaticamente a guerra (já que Putin ameaça armas nucleares contra qualquer um que não reconheça sua falsa fronteira), mas também levá-la a um impasse (já que Moscou provavelmente não tentará levar nenhum incremento além do territórios em questão)", disseram analistas da Vital Knowledge Media, em nota.

"Achamos que o último é mais provável do que o primeiro, mas nenhum dos cenários é realmente 'positivo', já que o relacionamento da Rússia com o mundo permanecerá substancialmente degradado pelo menos até que Putin não esteja mais por perto."

Em notícias corporativas, haverá divulgação de balanço de empresas como Bed Bath & Beyond (NASDAQ:BBBY) e Micron Technology (NASDAQ:MU), mas a maioria dos olhos estará nos resultados dos esportes fabricante de roupas Nike (NYSE:NKE) (BVMF:NIKE34), que teve problemas de cadeia de suprimentos e produção na China nos últimos trimestres.

Os preços do petróleo subiram na quinta-feira, ajudados por estoques de petróleo bruto dos EUA mostrando uma queda surpreendente na semana passada, o que dissipou algumas preocupações sobre a diminuição da demanda de curto prazo.

Às 08h51, os contratos futuros do petróleo WTI foram negociados 0,19% mais altos, a US$ 82,31 por barril, enquanto o contrato de Brent subia 0,14%, para US$ 88,17.

Ambos os benchmarks se recuperaram cerca de 4% nas duas sessões anteriores, após atingirem mínimas de nove meses no início desta semana, quando o furacão Ian ameaçou interromper o fornecimento no Golfo do México.

Além disso, o ouro futuros caía 0,66%, para US$ 1.6509,05 a onça, enquanto o euro operava estável a US$ 0,9736.