Ibovespa aprofunda recuo à espera do Copom e com exterior misto

Publicado 02.02.2022, 14:10
Atualizado 02.02.2022, 14:41
© Reuters Ibovespa aprofunda recuo à espera do Copom e com exterior misto

O Ibovespa (IBOV) aprofundou a leve queda vista pela manhã e recua mais de 1% no início da tarde de hoje (2), com investidores se posicionando à espera da decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central mais tarde. A falta de direção única dos mercados americanos e os recuos de papéis da Petrobras, (SA:PETR4) e (PETR3 (SA:PETR3)), e de bancos pesam no índice.

A expectativa é de que o Copom eleve a Selic para 10,75% nesta quarta-feira, ao maior nível desde maio de 2017, para conter a piora das expectativas inflacionárias, segundo economistas. Eles também preveem que o comunicado do BC deve remover a sinalização de alta adicional de 1,5 ponto percentual para a próxima reunião.

  • Perto das 13h55, o Ibovespa caía 1,3%, a 111.764 pontos
  • O dólar subia 0,68%, a R$ 5,30, ao contrário dos vencimentos dos juros. O DI para janeiro de 2023 caía de 12,155% para 12,115
  • Nos EUA, o Dow Jones caía 0,07% e o Nasdaq, 0,10%, enquanto o S&P 500 (SPX) subia 0,31%

Contexto

Ações do setor de tecnologia nos EUA recuaram para as mínimas nesta quarta, desacelerando o maior rali de quatro dias desde 2020.

O Nasdaq 100 (NDX), referência em tecnologia, caia 0,3%, enquanto o S&P 500 (SDX) subia 0,2% após a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34). (GOOG) e a Advanced Micro Devices Inc. (AMD) recuarem em ganhos anteriores com fortes resultados. O petróleo Brent caiu da máxima de sete anos depois que a Opep+ concordou com outro aumento na produção. Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA caíram e o dólar ficou mais fraco em relação às demais moedas globais.

O início do ano tem sido volátil, com os investidores oscilando entre as preocupações com o aperto do Federal Reserve e a confiança na recuperação econômica. Uma perspectiva de ganhos fortes está ajudando a aliviar a incerteza, pelo menos, por enquanto. No entanto, muitos perigos, incluindo inflação persistente, riscos geopolíticos e surtos de pandemia ainda permanecem em segundo plano.

(Com informações de Bloomberg News)

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