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Ibovespa avança com apoio de Weg, mas declínio de Petrobras pesa

Publicado 13.09.2023, 17:13
© Reuters. Um quadro eletrônico mostra um gráfico das flutuações recentes dos índices de mercado, no pregão da Bolsa de Valores B3 do Brasil, em São Paulo
06/07/2023
REUTERS/Amanda Perobelli
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançou pelo terceiro pregão consecutivo nesta quarta-feira, com Weg entre os destaques positivos após acordo com a Petrobras para desenvolvimento de aerogerador, enquanto o Grupo Casas Bahia recuou mais de 5% em dia de precificação de sua oferta de ações.

Investidores também repercutiram dados mostrando que a inflação nos Estados Unidos acelerou em agosto, mas sem minar expectativas de que o Federal Reserve mantenha a taxa de juros norte-americana na faixa de 5,25% a 5,50% na reunião marcada para a próxima semana, com decisão no dia 20.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,18 %, a 118.175,97 pontos. Na máxima, superou 119 mil pontos. Mas o fôlego abrandou conforme Petrobras, principalmente, acentuou as perdas.

O volume financeiro somou 35,4 bilhões de reais, em sessão também marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa.

Análise técnica da equipe do Itaú BBA afirma que o patamar de 118.900 pontos é crucial para mudar o cenário de curto prazo do Ibovespa. "Caso consiga, podemos retomar o momento positivo e o próximo desafio será superar a máxima do ano em 123.000 pontos", afirmou em relatório a clientes.

Do lado da baixa, os analistas destacaram que o suporte importante está em 114.000 pontos. "Se o índice perder essa região, poderemos esperar que o movimento de realização de lucros no gráfico semanal não acabou e que poderia estender até 111.600 e 108.100 pontos."

Nesta quarta-feira, nos EUA, dados mostraram que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) aumentou 0,6% no mês passado, maior ganho desde junho de 2022. Em 12 meses, subiu 3,7%, após alta de 3,2% em julho. Projeções compiladas pela Reuters apontavam avanços de 0,6% e 3,6% respectivamente.

Para o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, os números tendem a fortalecer a tese de que Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve vai manter a taxa de juros no nível atual na reunião da semana que vem.

"O núcleo continua desacelerando e isso certamente terá peso na decisão", acrescentou. Ele ressaltou, contudo, que a inflação permanece bastante acima da meta e o comportamento de agosto certamente não será suficiente para determinar se novos aumentos serão necessários ou não até o final do ano.

Destaques

- WEG ON (BVMF:WEGE3) subiu 3,59%, a 36,93 reais, após acordo com a Petrobras, no qual a estatal investirá 130 milhões de reais para desenvolver com a empresa aerogerador onshore de 7 megawatts (MW) de potência. PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) fechou em baixa 1,49%, a 33,03 reais, em dia de variações modestas dos preços do petróleo no exterior. O papel perdeu fôlego durante o dia e fechou na mínima, em dia marcado pela divulgação também de planos envolvendo projetos eólicos offshore de até 23 GW.

- GRUPO CASAS BAHIA ON (BVMF:BHIA3), nova denominação da Via, recuou 5,13%, a 1,11 reais, em sessão na qual será precificada sua oferta de ações para levantar recursos para melhorar a estrutura de capital da empresa. A companhia divulgou mais cedo que a securitizadora Opea deve convocar nos próximos dias assembleia de detentores de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) sobre eventual vencimento antecipado, em movimento que segue a decisão da S&P de cortar a nota da vigésima emissão de CRIs da Opea, que são lastreados em debêntures do grupo varejista.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) avançou 0,51%, a 27,75 reais, e BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) fechou em alta de 0,4%, a 14,89 reais, com o destaque entre os bancos do Ibovespa ficando com BTG PACTUAL (BVMF:BPAC11) UNIT, que se valorizou 3,76%, a 32,84 reais.

- VALE ON (BVMF:VALE3) encerrou com variação negativa de 0,38%, a 67,36 reais, apesar da alta dos futuros do minério de ferro na Ásia. A companhia anunciou acordo para fornecer aglomerados a projeto siderúrgico saudita da Essar, enquanto a Controladoria-Geral da União (CGU) indeferiu pedido da empresa sobre declaração de estabilidade de barragem de Brumadinho.

© Reuters. Um quadro eletrônico mostra um gráfico das flutuações recentes dos índices de mercado, no pregão da Bolsa de Valores B3 do Brasil, em São Paulo
06/07/2023
REUTERS/Amanda Perobelli

- CARREFOUR ON subiu 3,97%, a 10,75 reais, buscando ampliar a recuperação em setembro, que já orbita 5%, após um tombo de mais de 25% em agosto. No setor, GPA ON  (BVMF:PCAR3) caiu 1,46% e ASSAÍ ON cedeu 0,23%.

- ULTRAPAR ON (BVMF:UGPA3) perdeu 4,08%, a 18,33 reais, tendo no radar relatório do Goldman Sachs (NYSE:GS) cortando a recomendação dos papéis de "compra" para "neutra" e reduzindo o preço-alvo de 21,90 para 19,40 reais.

- 3R PETROLEUM ON (BVMF:RRRP3) caiu 2,16%, a 32,2 reais, após dados sobre polos em que opera ou tem participação divulgados na véspera mostrarem produção média diária consolidada de 45.243 barris de óleo equivalente (boe) em agosto, dos quais 39.943 boe/d referem-se à parcela 3R. No setor, PRIO ON (BVMF:PRIO3) subiu 0,19%, enquanto PETRORECONCAVO ON (BVMF:RECV3) recuou 2,18%, também reagindo a dados de produção do mês passado.

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