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Ibovespa avança com respaldo externo

Publicado 26.09.2024, 11:13
© Reuters
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SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa subia nesta quinta-feira, endossado pelo avanço nos futuros acionários norte-americanos, que seguiam uma tendência de alta nas bolsas globais diante das perspectivas de novos estímulos econômicos chineses.

Às 10h55, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,75%, a 132.539,05 pontos, chegando a marcar 133.095,49 pontos no melhor momento até agora. O volume financeiro somava 4,28 bilhões de reais.

Líderes chineses prometeram nesta quinta implementar "gastos fiscais necessários" para atingir a meta de crescimento econômico deste ano de cerca de 5%, reconhecendo novos problemas e aumentando as expectativas do mercado em relação a novos estímulos além das medidas anunciadas nesta semana.

O movimento reforçou o otimismo em torno do amplo pacote de estímulos da China, estendendo o rali do minério de ferro na Ásia, o que refletia nas ações de empresas ligadas a mineração e siderurgia, em especial a Vale, de grande peso no índice.

Já na maior economia do mundo, agentes acompanhavam uma série de dados econômicos, incluindo a leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que expandiu a uma taxa anualizada não revisada de 3,0% no último trimestre, e os pedidos de auxílio-desemprego, que caíram em 4.000 na semana passada. Os principais índices em Wall Street operavam em terreno positivo.

Na agenda doméstica, o Banco Central melhorou sua projeção de crescimento econômico em 2024 a 3,2%, ante patamar de 2,3% estimado em junho, em Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, participam de entrevista coletiva às 11h para comentar os números.

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) avançava 4,42%, com os preços dos contratos futuros de minério de ferro na Ásia ampliando ganhos, na esteira do anúncio de maiores estímulos econômicos da China. O minério de ferro de referência para outubro na Bolsa de Cingapura subiu 2,49%, enquanto o contrato de janeiro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou o dia com alta de 1,75%.

- ENEVA ON (BVMF:ENEV3) tinha acréscimo de 0,72%, tendo como pano de fundo previsão de lançar ainda neste mês uma oferta pública subsequente de novas ações ordinárias ("follow on") de até 4,2 bilhões de reais, como parte de acordos anunciados em julho junto ao BTG Pactual (BVMF:BPAC11), seu principal acionista, de acordo com o presidente da companhia de energia, Lino Cançado. BTG PACTUAL UNIT subia 1%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) recuava 2,43%, entre as principais contribuições de baixa para o Ibovespa, acompanhando o forte movimento de queda nos preços do petróleo no exterior. O barril do Brent caía 3,61%, a 70,81 dólares, em meio à notícia de que a Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, abrirá mão de sua meta de preço à medida que se prepara para aumentar a produção.

- ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) subia 0,77%, em dia mais positivo para o setor, com BANCO DO BRASIL ON (SA:BBAS3) subindo 0,66%, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT (SA:SANB11) tinha acréscimo de 0,1% e BRADESCO PN (SA:BBDC4) ganhava 1,8%.

- COGNA ON (BVMF:COGN3) saltava 9,6%, após notícia de que teria retomado conversas para eventual fusão com a rival Yduqs (BVMF:YDUQ3). Nesta quinta-feira, a Cogna afirmou não ter "informações a serem divulgadas" sobre qualquer transação envolvendo a companhia ou as entidades mencionadas na reportagem. YDUQS avançava 7,51%.

 

(Reportagem de Patricia Vilas Boas)

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