Ibovespa avança, assegura novo ganho mensal e já sobe mais de 15% em 2025

Publicado 30.06.2025, 17:06
Atualizado 30.06.2025, 17:50
© Reuters. Sede da B3n09/03/2021nREUTERS/Amanda Perobelli

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançou nesta segunda-feira e assegurou o quarto mês com sinal positivo, em pregão marcado pela queda nos rendimentos dos Treasuries e nas taxas dos DI, bem como forte ganho de Azzas (BVMF:AZZA3) 2154, após mudanças no conselho e sinal de alinhamento entre os acionistas de referência da empresa.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 1,45%, a 138.854,60 pontos, alcançando 139.102,75 pontos na máxima e 136.429,87 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou R$20,5 bilhões.

Em junho, o Ibovespa subiu 1,33%, acumulando uma valorização de 15,44% no primeiro semestre, que teve apenas fevereiro com desempenho negativo (-2,64%). Boa parte desse movimento teve apoio do fluxo de capital externo, com saldo positivo de R$4,2 bilhões no mês até o dia 26 e de quase R$25,3 bilhões no ano.

Nesta segunda-feira, dados mostrando uma criação de vagas formais (Caged) no mês passado abaixo das estimativas, combinados com o declínio nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, favoreceram o alívio nas taxas dos contratos de DI, ajudando ações de empresas sensíveis à economia local na B3 (BVMF:B3SA3).

Wall Street referendou as compras no pregão brasileiro, com o S&P 500, uma das referências do mercado acionário dos Estados Unidos, renovando recordes e fechando em alta de 0,5%.

Expectativas relacionadas a cortes de juros pelo Federal Reserve continuam direcionando o comportamento de investidores, que também repercutem notícias sobre negociações comerciais e monitoram a tramitação no Senado norte-americano de projeto de lei do presidente Donald Trump para corte de impostos e gastos.

DESTAQUES

- AZZAS 2154 avançou 4,7%, após promover uma reestruturação no conselho de administração da companhia dona de marcas como Arezzo e Farm, com analistas também enxergando sinais de novo alinhamento entre os acionistas de referência Alexandre Birman e Roberto Jatahy. Entre as mudanças, Nicola Calicchio Neto foi eleito como novo presidente do colegiado.

- MRV&CO ON (BVMF:MRVE3) fechou em alta de 7,6% e MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) encerrou com elevação de 5,91%, encontrando apoio na queda das taxas dos DIs, que tende a favorecer papéis sensíveis a juros. O índice do setor imobiliário da B3 subiu 1,65%, enquanto o de consumo registrou acréscimo de 1,44%.

- GRUPO ULTRA ON valorizou-se 4,03%, no segundo pregão seguido de ganhos do conglomerado, dono dos postos Ipiranga. VIBRA ON (BVMF:VBBR3) avançou 2,12%, após anunciar nesta segunda-feira estratégia de avançar no segmento de óleos básicos, matéria-prima de seus produtos para motores automotivos, mas também usada em outros setores da economia.

- CYRELA ON (BVMF:CYRE3) valorizou-se 2,03% tendo no radar acordo para comprar terrenos da Windsor, sociedade que desenvolve o empreendimento imobiliário Jardim das Perdizes, em São Paulo, no qual a Tecnisa (BVMF:TCSA3) detém participação de 52,175%. O negócio pode chegar a R$510 milhões. TECNISA ON, que não está no Ibovespa, disparou 40,98%.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) subiu 1,87%, em dia bastante positivo para o setor, com BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) terminando com acréscimo de 1,57% e SANTANDER BRASIL ON avançando 1,85%. BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) valorizou-se 1,66%, apesar de relatório do Citi reiterando recomendação neutra para as ações e cortando o preço-alvo de R$27 para R$23.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) fechou com elevação de 0,54%, apesar do declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent encerrou com queda de 0,24%, a US$67,61. PETROBRAS ON (BVMF:PETR3) subiu 0,86%. No setor, BRAVA ENERGIA ON avançou 1,16%, PRIO ON (BVMF:PRIO3) ganhou 1,27% e PETRORECONCAVO ON encerrou estável.

- VALE ON (BVMF:VALE3) cedeu 0,66%, em meio a ajustes após duas altas seguidas, período em que acumulou valorização de quase 5%. Na China, o contrato futuro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com alta de 0,21%, a 715,5 iuanes (US$99,88) a tonelada. O contrato ganhou 2,06% em junho.

- USIMINAS PNA (BVMF:USIM5) caiu 0,72%, em sessão mista para o setor, com CSN ON (BVMF:CSNA3) perdendo 0,8%, enquanto GERDAU PN (BVMF:GGBR4) subiu 0,63%. O governo brasileiro dará início a investigações para averiguar a existência de dumping nas exportações de determinados produtos planos de aços inoxidáveis laminados a quente da China, Indonésia e Índia para o Brasil.

- FRASLE MOBILITY ON avançou 1,18% após anunciar oferta primária de 9,256 milhões de papéis, que poderá ser acrescida em até 1,860 milhão de ações de emissão da companhia (oferta primária) e até 11,110 milhões de ações detidas pela Dramd (oferta secundária). RANDON PN (BVMF:RAPT4), que controla a Frasle, subiu 3,36%. Os papéis não fazem parte do Ibovespa.

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