Ibovespa bate 136 mil pontos e caminha para 7ª sessão seguida de alta

Publicado 29.04.2025, 13:41
Atualizado 29.04.2025, 16:35
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Por Patricia Vilas Boas

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa subia nesta terça-feira, ganhando maior fôlego após um início de pregão contido, seguindo o desempenho dos índices acionários nos Estados Unidos, onde uma série de fatores tem movimentado os mercados norte-americanos.

Por volta das 13h20, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,64%, a 135.873,68 pontos, chegando a tocar 136.149,74 no melhor momento até agora, novo pico do ano. O volume financeiro somava R$10,2 bilhões.

Uma bateria de resultados corporativos, sinais de progresso nas negociações tarifárias do presidente norte-americano, Donald Trump, e dados de emprego nos EUA dão o tom na sessão.

Em Nova York, o S&P subia 0,3%, o Nasdaq avançava 0,14% e o Dow Jones tinha alta de 0,66%.

O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse nesta terça-feira que Trump assinará um decreto concedendo às montadoras que fabricam veículos no país um alívio de parte de suas novas tarifas importação de 25% sobre automóveis, a fim de fornecer-lhes tempo para trazer as cadeias de fornecedores ao país.

No Brasil, agentes financeiros acompanharam declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, nas quais ele reafirmou visão apresentada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em março, quando elevou a taxa Selic em um ponto, a 14,25% ao ano, e indicou uma alta de menor magnitude em maio.

Na cena corporativa, ainda são esperados para o final do dia os resultados trimestrais de Iguatemi (BVMF:IGTI11), Isa Energia e Marcopolo (BVMF:POMO4), entre outros.

DESTAQUES

- GERDAU PN (BVMF:GGBR4) subia 0,13%, devolvendo as perdas apuradas mais cedo no pregão, após divulgar queda de quase 15% no resultado operacional medido Ebtida ajustado do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho, porém, veio um pouco melhor que o esperado por média de previsões de analistas compilada pela Lseg. Executivos da siderúrgica disseram em conferência com analistas que o mix de produtos da companhia nos EUA protege a empresa de incertezas relacionadas à guerra tarifária global e que não viram sinais de redução de vendas na região.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) e PETROBRAS ON (BVMF:PETR3) subiam 0,59% e 0,28%, respectivamente, revertendo o sinal apesar do declínio do petróleo no exterior. A Petrobras informou mais cedo que sua presidente, Magda Chambriard, reuniu-se com investidores na China na segunda-feira para apresentar e propor novas parcerias na indústria naval.

- VALE ON (BVMF:VALE3) operava perto da estabilidade, em dia de recuperação para os futuros do minério de ferro na Ásia. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações diurnas com acréscimo de 0,28%, a 709 iuans (US$97,49) a tonelada.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) valorizava-se 0,63%, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) ganhava 0,95%, BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) subia 1,87% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) avançava 1,91%, com as ações de bancos listadas no Ibovespa ganhando força ao longo do pregão.

- GPA (BVMF:PCAR3) ON subia 9,41%, após disparar até 16% mais cedo, em meio às perspectivas de mudança do conselho de administração da companhia, antes da assembleia geral extraordinária marcada para segunda-feira.

- CAIXA SEGURIDADE ON caía 2,69%, após o JPMorgan (NYSE:JPM) rebaixar na véspera a recomendação do papel para "neutra", ante "overweight", com analistas citando, entre outros fatores, um ambiente de taxas de juros mais "dovish" - com o pico da Selic agora precificado em torno de 14,75%, versus cerca de 17% em dezembro de 2024 - no qual seguradoras tendem a se beneficiar menos.

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