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Ibovespa futuro abre em alta com solução de crise política e exterior positivo

Publicado 13.06.2017, 08:44
Ibovespa futuro abre em alta com solução de crise política e exterior
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Investing.com - A política retoma sua posição de destaque no mercado financeiro local com os avanços que o presidente Michel Temer garantiu nos últimos dias com a permanência do PSDB na base aliada, dias depois de conseguir a absolvição no TSE.

O Ibovespa Futuro abre em alta de 0,5% nesta terça-feira aos 62.900 pontos, deixando para trás, inicialmente, o pessimismo dos últimos dias, que levou o Ibovespa ontem aos 61.700 pontos.

A crise política que estourou com a revelação da conversa entre Michel Temer e Joesley Batista, parte da delação da J&F, está sendo suavizada com a superação de obstáculos à ingovernabilidade. Temer garantiu a base aliada com apoio de partidos menores nas últimas semanas e corou suas negociações com a decisão do PSDB de ontem de não abandonar o governo.

Com uma base sólida no Congresso e o fantasma da cassação via TSE já espantado, Temer consegue afastar o risco de ter seu mandato interrompido antes do fim de 2018. A próxima ameaça à frente deverá ser a pesada denúncia ao STF que está sendo preparada pela PGR. No entanto, o supremo depende de autorização de dois terços dos deputados da Câmara dos Deputados para dar sequência ao processo, algo que hoje, sem fatos novos, não aparenta que irá prosperar.

O assunto reformas deve voltar timidamente à ordem do dia com a possível aprovação da reforma trabalhista no Senado e o retorno das articulações na Câmara para levar o texto da reforma da Previdência para o Plenário. Se o governo conseguir avançar com esses temas, dias mais positivos serão vistos na bolsa brasileira.

As próximas semanas, contudo, deverão ser pesadas na política com a denúncia da PGR contra Temer, com a possível revelação de novas gravações ou provas contra o presidente. O mercado deverá ver ainda avanço de novas delações que estão sendo negociadas como a do ex-ministro Antonio Palocci, que poderá abalar grandes grupos empresariais e bancos, e de Lúcio Funaro, que indica poder falar de relações entre Temer e Cunha. Atenção também para sinais de crise no STF com o possível ataque a Edson Fachin a partir da classe política.

Exterior positivo

Após receios sobre uma possível bolha nas ações de tecnologia nos últimos pregões acenderem o alerta no mercado internacional, o drama hoje parece estar deixado de lado com os futuros do Nasdaq operando com ganhos de 0,2%. Os futuros do Dow e do S&P 500 ganham 0,1%

Começa hoje a reunião de dois dias do Federal Reserve com a aposta majoritária de que amanhã será anunciado um aumento de juros nos EUA. De acordo com o Monitor da Taxa de Juros do Fed do Inventing.com, 90% dos analistas do mercado acreditam em elevação para o intervalo de 1%-1,25%. Ainda não está no radar da maioria dos investidores um novo aumento neste ano.

Nos EUA, atenção para o depoimento de Jeff Sessions, procurador-Geral dos EUA, ao comitê de Inteligência do Senado às 15h30 sobre as ligações da campanha de Trump com a Rússia. Na semana passada, o ex-diretor do FBI James Comey afirmou ter sido demitido por não ter interrompido as investigações do caso. Ainda no Congresso norte-americano, Rex Tillerson fará sua primeira reunião com parlamentares para explicar o orçamento dos EUA.

Commodities mistas

O petróleo devolveu a maior parte dos ganhos da manhã e opera perto da estabilidade com as preocupações de sobreoferta como sempre no radar. A Opep informou em seu relatório mensal que espera uma produção menor fora da organização com cortes na Rússia. O WTI é vendido a US$ 46,10 o barril, enquanto o Brent é negociado a US$ 48,35 o barril.

O minério de ferro fechou em baixa de 2,8% nos contratos para entrega em setembro da Bolsa de Dalian, na China, cotados a 419 iuanes a tonelada. Para entrega spot no porto de Qingdao, a commodity perdeu 2,7% e encerrou o dia a US$ 53,36 a tonelada.

Mundo corporativo

O Itaú (SA:ITUB4) aumentou a pressão sobre a JBS (SA:JBSS3) e ameaçou deixar a renegociação das dívidas com a empresa e cobrar antecipadamente crédito de R$ 1 bilhão, segundo a Folha de S.Paulo. A holding J&F negocia fornecimento de gás para sua termelétrica junto à Bolívia, após o cancelamento do contrato da Petrobras (SA:PETR4).

A Minerva (SA:BEEF3) reabriu frigorífico parado há dois anos no Mato Grosso para buscar ganhar market share durante a crise da JBS, de acordo com o Estadão. A empresa informou ainda o valor de emissão de notas no exterior de US$ 350 milhões.

A Eldorado deverá ser alvo de investidas da Fibria (SA:FIBR3), Suzano (SA:SUZB5) e Arauco no desinvestimento programado pela J&F, segundo o Valor.

A Musa, parte da Usiminas (SA:USIM5), reiniciou produção em duas unidades o que elevará a capacidade atual em 800 mil toneladas de concentrado de minério de ferro em 2017.

A agência reguladora de Minas Gerais adiou para 30 de junho a divulgação da revisão tarifária da Copasa (SA:CSMG3).

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