Investing.com - O dia começa com sinais de recuperação na bolsa de São Paulo, enquanto os investidores aguardam discurso de Janet Yellen e seguem avaliando os riscos da escalada da retórica de guerra entre os EUA e a Coreia do Norte. No Brasil, o foco é a leitura da denúncia contra Michel Temer e o fim das negociações no Refis.
O Ibovespa Futuros opera em alta de 0,2% aos 74.965 pontos e sinaliza força dos compradores na abertura do mercado, depois de o Ibovespa registrar a primeira correção significativa ontem, ao recuar 1,2% para 74.443 pontos.
O discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, deverá atrair a atenção dos investidores globais no início da tarde desta terça-feira (26/9), que estarão em busca de pistas sobre o momento da próxima alta de juros no país. Apesar de o Fed ter indicado que mantém sua previsão de mais uma elevação ainda este ano, o mercado ainda não mostrou estar totalmente convencido.
Além de Yellen, falam hoje a presidente do Fed de Cleveland Loretta Mester, a diretora do Fed, Lael Brainard e o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic.
A escalada das tensões entre EUA e Coreia do Norte seguem no radar dos investidores, com sinais de que os dois países mudaram de estágio e passaram a ameaçar ações diretas. Ontem, a Coreia do Norte disse que entendeu como uma declaração de guerra o discurso na ONU e o post no Twitter de Trump, que disse que os comandantes do país teriam pouco tempo, e avisou que derrubaria aviões americanos mesmo fora do seu espaço aéreo. A Casa Branca negou ter declarado guerra.
Os futuros dos índices operam mistos nos EUA, com perdas de 0,5% no Dow e no S&P 500, enquanto o Nasdaq avança 0,2%. A Europa também tem um pregão sem tendência definida com alta de 0,1% no DAX e recuo de 0,1% no CAC 40 e no FTSE 100.
No Brasil, a Câmara dos Deputados deverá começar no fim da manhã a leitura da denúncia contra o presidente Michel Temer, adiada ontem por falta de quórum. A expectativa é que o governo consiga barrar sem dificuldades a denúncia, mas tenha que seguir cedendo em temas chaves de arrecadação como o Refis e o leilão da Cemig.
O texto da renegociação deverá ser fechado hoje, segundo o deputado Andre Moura, e encaminhado para a votação. O projeto perde a validade na sexta-feira. Os deputados pressionam o governo a ser mais leniente e aumentar os benefícios dados aos empresários que possuem dívidas com a União.
Commodities
O petróleo faz um movimento de ajuste e cede aos US$ 52,00 o barril nos EUA, depois de alcançar os US$ 52,43 o barril pela manhã, seu maior patamar em meses. À noite será publicado o dado de estoque calculado pelo Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês).
O Brent deixa as máximas de dois anos e recua 1%, negociado a US$ 57,85 o barril.
O minério de ferro fez um movimento de ajuste nesta terça-feira no pregão chinês com ganhos de 3% na entrega spot em Qingdao, a US$ 64,95 a tonelada. Os futuros da bolsa de Dalian registraram perdas de 0,2% e encerraram o dia a 465 iuanes a tonelada.
Mundo corporativo
A Cemig (SA:CMIG4) convocou uma assembleia extraordinária de acionistas para 26 de outubro, na qual será deliberada uma autorização para aumento do capital social da companhia em até R$ 1 bilhão. A operação envolverá 66,8 milhões de novas ações ordinárias, a R$ 5 por papel, e 133,15 milhões de novas ações preferenciais, por R$ 6,57 cada. A diluição é da ordem de 13,7%.
A elétrica que tem tido dificuldade em tocar seu programa de desinvestimentos para reduzir a dívida deverá utilizar o capital levantado com a operação para pagar o bônus de concessão para manter a hidrelétrica de Miranda, que seria leiloada amanhã.
A Fleury (SA:FLRY3) passou a receber recomendação de outperform no Credit Suisse, com preço-alvo de R$ 37.
A compra da compra da Liquigás, da Petrobras (SA:PETR4), pela Ultragaz, do grupo Ultrapar (SA:UGPA3), deverá ser barrado pelo Cade, que quer garantir remédios que mantenha a concorrência no setor, com a presença de quatro competidores.
A mineradora Paranapanema (SA:PMAM3) anunciou que concluiu uma reestruturação financeira com aprovação de credores representando cerca de 84% do total das dívidas da companhia. A reestruturação envolveu a redução de 28% da dívida, que também teve 94% do total alongado, passando a ter prazo médio de aproximadamente 4,5 anos.
A AES Tietê (SA:TIET11) fechou acordo para investir até R$ 650 milhões com a Cobra do Brasil para financiar a construção do Complexo Bauru Solar em Guaimbê (SP).