Investing.com - A Vale (SA:VALE5) e as siderúrgicas disparam nesta quarta-feira e ajuda o Ibovespa a amenizar as perdas do pessimismo com a vitória de Donald Trump na eleição de ontem dos EUA.
Os papéis preferenciais da mineradora sobem mais de 4% no início da tarde negociado aos R$ 23,47. Mais cedo, logo após a abertura das bolsas dos EUA a ação alcançou os R$ 23,66, máxima de dois anos, com ganhos de 4,7% no intraday. As ações ordinárias superaram os 7% durante o pregão, mas cederam para ganhos de 5,5%. A Bradespar (SA:BRAP4) sobe 3%.
A alta de hoje foi motivada pelos preços recordes do minério de ferro na China, que superaram pela primeira vez em dois anos os US$ 70/t para a entrega imediata no porto do Qingdao. O rali da commodity é impulsionado pela alta do carvão e a expectativa de retomada da economia chinesa.
A disparada da Vale já acumula ganhos de 13% em novembro, após avançar 34% em outubro, em meio a recuperação de preços do minério de ferro e resultados positivos operacionais e financeiros do terceiro trimestre.
Na comparação com a mínima do ano, de R$ 6,44 em janeiro, a ação subiu 260%.
Siderúrgicas avançam com aço
A bolsa de mercadorias na China também registrou a forte valorização do aço, cuja cotação do vergalhão subiu 5,3%. No intraday, a commodity tocou na máxima desde agosto de 2014.
A Usiminas (SA:USIM5) sobe 2,8% e a CSN (SA:CSNA3) avança 2% no início da segunda metade do intenso pregão desta quarta-feira. A Gerdau (SA:GGBR4) e a Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) sobem, respectivamente, 5% e 3% em dia de divulgação de balanço. A empresa apresentou lucro ajustado de R$ 95 milhões no terceiro trimestre, queda de 51% na comparação anual.
Bovespa permanece no negativo
Apesar de amenizar as perdas de quase 4% da abertura, o Ibovespa segue no terreno negativo com a maioria das ações no negativo, com destaque para Petrobras (SA:PETR4) e bancos.
A petroleira passou a cair menos na tarde de hoje e registra perdas de 3% às 13h45, repercutindo nova redução no preço dos combustíveis anunciada ontem após o fechamento do mercado. O corte de 10,4% no diesel e de 3,1% na gasolina terão forte impacto na receita da companhia neste quarto trimestre. Segundo os analistas da Elite, a redução impacta em perdas anualizada de R$ 8,8 bilhões no Ebitda. Segundo a companhia, a queda anunciada ontem reflete a variação do custo do combustível no mercado internacional e a redução da participação no mercado interno desde meados do mês passado.
A Cielo (SA:CIEL3) recua 2,2% com pano de fundo a divulgação de aumento de 14,5% no lucro do terceiro trimestre, que subiu a R$ 1,01 bilhão, e receita de R$ 3,1 bilhões, alta de 5%. O dia é de fortes perdas no setor financeiro com recuo de 3% no Banco do Brasil (SA:BBAS3), 1,5% no Bradesco (SA:BBDC4) Itaúsa (SA:ITSA4) e no Itaú Unibanco (SA:ITUB4).
Dólar ameniza ganhos
A moeda perdeu força frente ao real, mas ainda opera com fortes ganhos de 2%, negociada a R$ 3,2350.