O WhatsApp começa a operar nesta terça-feira, 11, os pagamentos de pessoas para empresas através do aplicativo, autorizados pelo Banco Central em março. O serviço, que utiliza cartões de crédito, débito e pré-pagos, entra no ar com a participação de 15 bancos, três empresas de adquirência e das duas principais bandeiras do mercado.
Para fazer pagamentos, o cliente final cadastra no WhatsApp um cartão, do qual os valores enviados serão debitados. É o mesmo esquema de operação das transferências entre pessoas, iniciadas em 2021. As principais mudanças estão na ponta dos lojistas que aceitarão o pagamento: eles farão a adesão através do WhatsApp Business, versão do aplicativo de mensagens voltada a empresas, e nele, escolherão a empresa de maquininhas com que operarão.
Nas transferências de pessoa para pessoa, a Cielo (BVMF:CIEL3) detém a exclusividade do processamento de transações. Nos pagamentos para empresas, o modelo é de plataforma aberta, com a participação de mais agentes. Além da líder de mercado, em um primeiro momento, participam das transações a Rede, do Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4), e o Mercado Pago.
Entre os emissores, estão conectados ao sistema Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), Bradesco (BVMF:BBDC4), BTG Pactual (BVMF:BPAC11), Caixa, Inter, Mercado Pago, Neon, Next, Nubank (BVMF:NUBR33), Santander (BVMF:SANB11), Sicoob e Sicredi. O Itaú Unibanco, que é líder em transações com cartões no País, deve entrar no sistema em breve, segundo o WhatsApp.
Disponibilidade e segurança
O serviço é gratuito para os usuários, e os clientes já podem cadastrar cartões. Para as empresas, o lançamento será gradual ao longo dos próximos meses, e o cadastro incluirá uma conexão a uma das adquirentes compatíveis. É preciso estar com o WhatsApp atualizado para a versão mais recente para utilizar a funcionalidade.
Qualquer empresa poderá aceitar pagamentos através do WhatsApp, mas a Meta acredita que o maior potencial é entre as pequenas e médias, que têm recorrido ao aplicativo para fazer vendas online sem precisar criar sites, por exemplo.
A plataforma da Meta (ex-Facebook) tem ressaltado que a segurança aplicada nas transações é a mesma adotada em outras formas de pagamento via cartões.
"Estamos confortáveis com o que desenhamos em termos de segurança", disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o chefe do WhatsApp na América Latina, Guilherme Horn. "Não fica nenhum dado no celular, é tudo tokenizado pelas bandeiras."
Essa camada de segurança significa que quando o cartão é cadastrado no aplicativo, vira uma credencial, que protege dados como o número, o código verificador e a validade. É algo similar ao que já acontece nas carteiras digitais, como a Apple (NASDAQ:AAPL) Wallet e o Google (NASDAQ:GOOGL) Pay. Além disso, o usuário terá de criar uma senha específica para realizar transações.