A preocupação do mercado em relação às eleições, aliás, em relação a toda eleição é mais pragmática do que aparenta, principalmente ao recordarmos do período do mensalão.
Neste momento, a escolha por um candidato à “direita” pouco tem a ver com o aspecto político e muito mais econômico, ao considerarmos os desafios em gastos públicos, previdência social, leis trabalhistas, entre outros, temas que geram grande desconforto na “esquerda”.
Para os investidores, o ideal mesmo seria neste momento um candidato ao centro, como Meirelles, Alckmin ou até mesmo o inexperiente político Amoedo, porém nenhuma destas candidaturas parece oferecer condições de avanço à esta altura.
Agora, em vista às recentes declarações de membros do PT, os temores de não avanço na agenda de reformas é grande e para convencer os investidores de que o PT não é uma ameaça, o caminho é longo, desde abafar membros do partido, passando por escolher (e conseguir) notáveis para os programas econômicos, até reformulando o programa de governo.
Neste ponto da campanha, o PT nem de longe parece fazer tal aceno, que poderia ocorrer no caso de um segundo turno, porém, ao deixar de falar às bases, pode ser acusado, como foi em 2014, de estelionato eleitoral.
Já Bolsonaro tem Paulo Guedes, o qual realmente ficando no governo, tem uma pauta muito mais alinhada com os anseios do mercado.
Atenção hoje ao ADP Employment nos EUA, indicador mais relevante do dia.
CENÁRIO POLÍTICO
O avanço expressivo de Bolsonaro em mais uma pesquisa que não costuma beneficia-lo retira novamente o ânimo do PT, com o crescimento recente de Haddad.
Repetindo a premissa anterior, a rejeição agora coloca os candidatos em pé de igualdade, com o PT tendo que lidar ainda com Palocci, Dirceu, ausência de entrevista de lula e etc.
Ao menos, a esquerda terá 4 anos para esbravejar contra alguém.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY operam em alta, alívio na questão italiana e na guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, puxadas por montadoras de veículos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vértices.
Entre as commodities metálicas, altas, com exceção do paládio.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, com a oferta limitada pela sanção ao Irã, mas com perspectiva de aumento de estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 3,8%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9409 / -1,99 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,113%
Dólar / Yen : ¥ 113,84 / 0,167%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,077%
Dólar Fut. (1 m) : 3931,15 / -2,26 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,49 % aa (-0,20%)
DI - Janeiro 20: 8,18 % aa (-0,73%)
DI - Janeiro 21: 9,39 % aa (-1,37%)
DI - Janeiro 25: 11,43 % aa (-1,89%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 3,80% / 81.612 pontos
Dow Jones: 0,46% / 26.774 pontos
Nasdaq: -0,47% / 8.000 pontos
Nikkei: -0,66% / 24.111 pontos
Hang Seng: -0,13% / 27.091 pontos
ASX 200: 0,32% / 6.146 pontos
ABERTURA
DAX: 0,000% / 12287,58 pontos
CAC 40: 0,466% / 5493,39 pontos
FTSE: 0,330% / 7499,20 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 81844,00 pontos
S&P Fut.: 0,246% / 2935,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,258% / 7672,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,26% / 87,41 ptos
Petróleo WTI: 0,05% / $75,27
Petróleo Brent:0,22% / $84,99
Ouro: 0,01% / $1.203,47
Minério de Ferro: 0,64% / $68,84
Soja: 1,12% / $16,20
Milho: -0,14% / $368,50
Café: 0,09% / $107,75
Açúcar: -0,25% / $12,16