Após uma semana pesada de indicadores econômicos e expectativas com eventos de grande magnitude, como a decepcionante entrega da reforma tributária e o plano de infraestrutura bipartidário do governo dos EUA, esta se inicia de maneira semelhante.
Uma agenda macroeconômica pesada, a qual inclui números fiscais importantes no Brasil, balança comercial, mercado de trabalho, inflação e produção industrial, enquanto nos EUA, o foco fica para o mercado de trabalho, mercado imobiliário, vários discursos de membros do FOMC.
Na China, a expectativa é pela série de PMIs, assim como na Europa, onde também se aguardam PIB, inflações e indicadores de confiança, além dos dados de desemprego.
Combinando isso tudo, vem a expectativa com os eventos que fecharam a semana, afinal as atenções se voltam ao plano bipartidário nos EUA, o qual no formato atual agradaria mais republicanos do que democratas, pois além do foco em infraestrutura e emprego, retira a taxação pesada proposta pelos democratas no plano inicial, encarada como ‘essencial’ pela ala mais dura.
O caso de taxação especificamente é o que pesa no Brasil com a apresentação do arremedo de reforma tributária, onde além de não cumprir promessas de redução do IRPJ de forma a dar a abertura necessária para a taxação, aí sim correta, de lucros e dividendos, não resolve os problemas básicos e históricos do sistema tributário brasileiro.
Aliás, um dos maiores problemas, a complexidade tributária nem de longe está sendo discutida com o peso que deveria e o escopo da atual reforma acaba sendo a elevação em si, com pouco espaço para a unificação tributária em nível nacional, retirada de impostos em escala, STs e discussão do peso disto tudo no malfadado e ainda presente, Custo-Brasil.
Ao focar na elevação de impostos e com alvo especifico, gera-se um perigo de se desestruturar diversos arcabouços de investimento e desincentivando outros diversos modais, quando na verdade, poderia reduzir as distorções históricas.
Para variar, o mercado financeiro é o “alvo-fácil” das tentativas do governo em se financiar, quando acima de tudo, as reformas necessárias para se reduzir o tamanho do estado continuam numa interminável discussão, dado o peso do corporativismo, em especial de servidores.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com temores pelo aumento de COVI-19.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, muito próximos à estabilidade.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque à alta minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com perspectiva de oferta restrita, mas de olho na OPEP+.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,67%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,9341 / 0,40 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,034%
Dólar / Iene : ¥ 110,70 / -0,027%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / 0,281%
Dólar Futuro. (1 m) : 4960,03 / 0,88 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,70 % aa (-1,11%)
DI - Janeiro 23: 7,18 % aa (-0,62%)
DI - Janeiro 25: 8,16 % aa (0,12%)
DI - Janeiro 27: 8,56 % aa (0,35%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,7434% / 127.256 pontos
Dow Jones: 0,6931% / 34.434 pontos
Nasdaq: -0,0649% / 14.360 pontos
Nikkei: -0,06% / 29.048 pontos
Hang Seng: -0,07% / 29.268 pontos
ASX 200: -0,01% / 7.307 pontos
ABERTURA
DAX: -0,387% / 15547,53 pontos
CAC 40: -0,600% / 6583,15 pontos
FTSE 100: -0,609% / 7092,59 pontos
Ibovespa Futuros: -1,80% / 127861,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,026% / 4270,20 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,256% / 14362,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,26% / 92,68 ptos
Petróleo WTI: 0,14% / $73,97
Petróleo Brent: -0,04% / $76,06
Ouro: -0,30% / $1.778,57
Minério de ferro: 2,07% / $214,17
Soja: 1,13% / $1.345,25
Milho: 1,02% / $643,50
Café: 0,79% / $158,50
Açúcar: 0,36% / $16,95