O baixo volume por conta do feriado nos EUA e o ruído político contínuo marcaram a sessão de ontem, com o descolamento do mercado local das bolsas no exterior, as quais igualmente operaram sob volume restrito.
A falta de acordo entre membros da OPEP+ também marcou o dia, com a manutenção da cota atual de produção pela falta de acordo para um aumento incialmente de 500 mil, para então 400 mil barris.
Com a ausência de consenso, sendo que muitos produtores pressionam por elevações ainda maiores, a commodity ganha força em nível internacional e continua a pressionar nossa inflação, com mais uma elevação anunciada na gasolina e no diesel pela Petrobras (SA:PETR4).
A falta de chuvas, o frio mais intenso e combustíveis são os componentes para manter a pressão inflacionária no curto prazo, além das pressões sazonais do período, ou seja, o ritmo da atual política monetária pode ser preservado em elevações de 75 bp.
Neste cenário, os elementos imponderáveis se destacam novamente, enquanto a necessidade de ajustes vai se tornando mais longeva e o BC tenta manter no escopo de 2021 as pressões de preços, para evitar o prolongamento da política monetária até o próximo ano, ameaçando o crescimento do PIB.
No exterior, os mercados observam o retorno do referencial das bolsas americanas, com ações de empresas de energia subindo com o petróleo atingindo as máximas em seis anos.
Isto também é um elemento que atinge não só a inflação brasileira, como global, afinal, apesar dos esforços chineses, eles foram incapazes de conter a especulação nas commodities metálicas e o minério de ferro ganha força no mercado internacional, assim como o cobre, após o acordo China x Chile.
Outro ponto importante é o desgaste de notícias novas, ou seja, não mais novas, como o crescimento econômicos mais pungente de economias centrais, em especial os EUA e de mercados emergentes, com o Brasil, ganhando ímpeto nas medidas trimestrais, todos impulsionados pela vacinação.
Como é de conhecimento notório, tais eventos deixam de ‘fazer mercado’, daí o impulso limitado de notícias, o que pode se alterar durante a divulgação dos resultados corporativos trimestrais.
De resto, é política (nacional e global) e clima.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com o retorno do referencial das bolsas nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, após a manutenção de juros na Austrália e a forte alta de preços do petróleo.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operando negativos a partir dos 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com a falta de acordo entre os membros da OPEP+.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,11%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0953 / 0,72 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,211%
Dólar / Yen : ¥ 110,76 / -0,144%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / -0,022%
Dólar Fut. (1 m) : 5097,45 / 0,83 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,68 % aa (0,68%)
DI - Janeiro 23: 7,17 % aa (1,41%)
DI - Janeiro 25: 8,23 % aa (0,98%)
DI - Janeiro 27: 8,67 % aa (0,81%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,5497% / 126.920 pontos
Dow Jones: 0,4412% / 34.786 pontos
Nasdaq: 0,8053% / 14.639 pontos
Nikkei: 0,16% / 28.643 pontos
Hang Seng: -0,25% / 28.073 pontos
ASX 200: -0,73% / 7.262 pontos
ABERTURA
DAX: -0,322% / 15611,61 pontos
CAC 40: -0,241% / 6551,69 pontos
FTSE: -0,119% / 7156,38 pontos
Ibov. Fut.: -0,62% / 127449,00 pontos
S&P Fut.: 0,742% / 4342,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,039% / 14710,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,99% / 95,91 ptos
Petróleo WTI: 1,64% / $76,45
Petróleo Brent: 0,14% / $77,41
Ouro: 0,88% / $1.807,62
Minério de Ferro: 0,02% / $212,46
Soja: 0,35% / $1.451,75
Milho: -3,13% / $697,25
Café: -0,39% / $151,00
Açúcar: 0,77% / $18,32