Um dia pautado na incerteza continuou a se refletir assim, em meio às notícias relacionadas à Petrobrás e ao cenário nebuloso que o governo criou ao anunciar a troca de comando da empresa, devido ao aumento dos combustíveis.
É nesta zona cinzenta de informação que o mercado não pode operar, pois ao sinalizar intervenção em uma empresa de capital aberto, sem cumprir todos os requisitos legais e formais para tanto, com viés de mudança de políticas internas, o governo age como se a empresa fosse mais um ente governamental.
Acima de tudo, não o é.
Tudo isso vem a reboque da demora da aprovação de um novo pacote de auxílio emergencial e atraso com a vacinação em nível nacional, além de pesquisas recentes com queda de popularidade.
Neste sentido, fica claro o caminho sendo adotado e soa extremamente populista, ou seja, busca resultados de curto prazo e grande impacto, mas como diz a história, que traz a consequência de resultados desastrosos no longo prazo, como inflação e falta de tração na economia.
No exterior, os mercados operam à deriva de resultados corporativos, cada vez mais escassos e da perspectiva de retomada da atividade econômica em breve, conforme avançam os processos vacinais em nível global.
Ainda assim, a conjunção de um Treasury e um Federal Reserve com viés fortemente dovish tem chamado a atenção dos investidores por declarações repetidas da necessidade de novas rodadas pesadas de estímulos, mesmo em meio a sinais mais robusto de recuperação econômica tanto nos EUA, quanto na Europa, como visto o IFO alemão de ontem.
Neste contexto, deflagram-se também os temores do retorno da inflação em economias centrais e ainda que muitos a considere como um avento positivo, ainda não se sabem os efeitos de uma injeção maciça de M2 na economia, o que não eram os programas de alívio quantitativo.
Cenário estranho à frente.
Atenção aos balanços de Home Depot, HSBC, Scotiabank, Bank of Montreal, Thomson Reuters e localmente, Locamerica (SA:LCAM3), Hermes Pardini (SA:PARD3) e Pão de Açúcar (SA:PCAR3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pela recuperação da economia.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, mais ao positivo, com resultados do HSBC superando as expectativas
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos a partir dos 10 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque à platina.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com o frio do Texas reduzindo a oferta nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 7,97%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4591 / 1,33 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / -0,041%
Dólar / Yen : ¥ 105,25 / 0,162%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / 0,128%
Dólar Fut. (1 m) : 5440,41 / 0,58 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,51 % aa (4,04%)
DI - Janeiro 23: 5,33 % aa (3,50%)
DI - Janeiro 25: 6,92 % aa (2,98%)
DI - Janeiro 27: 7,57 % aa (2,71%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -4,8660% / 112.668 pontos
Dow Jones: 0,0869% / 31.522 pontos
Nasdaq: -2,4608% / 13.533 pontos
Nikkei: 0,46% / 30.156 pontos
Hang Seng: 1,03% / 30.633 pontos
ASX 200: 0,86% / 6.839 pontos
ABERTURA
DAX: -1,674% / 13716,54 pontos
CAC 40: -0,622% / 5731,59 pontos
FTSE: -0,355% / 6588,76 pontos
Ibov. Fut.: -4,98% / 112709,00 pontos
S&P Fut.: -0,751% / 3873,60 pontos
Nasdaq Fut.: -0,851% / 13011,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,10% / 86,79 ptos
Petróleo WTI: 1,02% / $62,25
Petróleo Brent: 1,29% / $65,82
Ouro: -0,15% / $1.808,16
Minério de Ferro: -1,40% / ¥ $163,87
Soja: 1,45% / $1.405,25
Milho: 0,77% / $555,25
Café: -0,45% / $132,85
Açúcar: 0,21% / $18,80