“E eis que tais aumentos de juros têm efeito significativo no câmbio” citamos ontem esta frase aqui neste relatório de modo a relembrar o peso que a questão dos juros, em meio ao cenário pandêmico tem sido relevante para as relações de câmbio.
Ainda que muita dúvida pairasse no rumo do Real ontem, um sinal emitido pelo Banco Central mais hawkish entre os mercados emergentes foi suficiente para superar a alta global do dólar, após o sinal não tão hawkish do FOMC.
Ainda relembrando o que citamos ontem, é preciso agora muito cuidado, em especial com as projeções ligadas à atividade econômica, inflação e juros daqui até o final do ano, para não exigir do Banco Central uma postura que possa ser danosa à recuperação da crise pandêmica.
Repetimos que existem sinais que começam lentamente a se avolumar de reduções de preços em diversos itens importantes da cesta de consumo, além daqueles conectados ao atacado e à cadeia de suprimentos.
O próprio presidente dos EUA Joe Biden citou o emblemático exemplo da madeira, que havia disparado de preço nos EUA, em especial no momento em que as pessoas estavam mais em casa, aproveitando a pandemia para reformas.
Além disso, no mercado internacional, diversas commodities agropecuárias dão sinal de topo recentemente, como milho, soja e carne de porco, além da pressão da China para resolver a especulação interna com commodities.
Com isso, muitas metálicas perderam ímpeto no último mês e o petróleo está dando sinais de topo de preço, com tensões do possível retorno do Irã como fornecedor global, trazendo uma enxurrada ao mercado.
Por sim, a perspectiva de que a inflação de demanda, em especial de serviços possa se acelerar por conta do processo agora acelerado de imunização no Brasil, onde vacinamos acima de 2.000.000 de pessoas ontem é limitado pela questão estatística e econômica.
Estatística pois sim, haverá inflação de curto prazo resultante do processo, mas tende a não ser totalmente o padrão, afinal o desemprego continua em níveis elevados no Brasil.
Mesmo com a questão hídrica, os fatores acima demandam atenção e cuidado, afinal, errar a mão de juros para cima tende a ser mais danoso do que para baixo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com commodities em baixa.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na maioria, com ações de empresas de mineração.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à prata.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, pressionados por um dólar mais forte.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,68%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,009 / -0,93 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,059%
Dólar / Iene : ¥ 110,13 / -0,064%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,165%
Dólar Futuro(1 m) : 5033,89 / -0,76 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,58 % aa (3,46%)
DI - Janeiro 23: 7,15 % aa (2,00%)
DI - Janeiro 25: 8,14 % aa (1,88%)
DI - Janeiro 27: 8,56 % aa (1,54%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,9301% / 128.057 pontos
Dow Jones: -0,6177% / 33.823 pontos
Nasdaq: 0,8666% / 14.161 pontos
Nikkei: -0,19% / 28.964 pontos
Hang Seng: 0,85% / 28.801 pontos
ASX 200: 0,13% / 7.369 pontos
ABERTURA
DAX: -0,679% / 15620,92 pontos
CAC 40: -0,224% / 6651,33 pontos
FTSE 100: -0,972% / 7083,92 pontos
Ibovespa Futuros: -0,90% / 128790,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,062% / 4214,80 pontos
Nasdaq Futuros: 0,224% / 14190,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,51% / 90,56 ptos
Petróleo WTI: -0,45% / $70,82
Petróleo Brent: -0,67% / $72,63
Ouro: 1,12% / $1.791,85
Minério de Ferro: -0,15% / $214,69
Soja: 3,93% / $1.375,75
Milho: 1,70% / $642,25
Café: 0,47% / $150,00
Açúcar: 1,03% / $16,64