O rendimento dos Treasuries de 10 anos bate hoje o mesmo patamar de praticamente um ano atrás, quando ainda se discutiam os primeiros efeitos da ‘epidemia’, após anúncio da China em janeiro e como o problema até então localizado afetaria a perspectiva de crescimento de 2020.
Até então, o rendimento deste vencimento já colecionava 16 meses em queda consecutiva, após a intervenção de Trump no Federal Reserve, a qual levou tanto ao fim da redução do Balance Sheet, quanto à perspectiva de normalização da taxa de juros americana.
A partir de março de 2020, o Fed retomou o aumento de seu balanço através de compras intensas de mortgage-backed securities e também Treasury, derrubando assim o rendimento para muito próximo de 0,5% aa no vencimento de 10 anos em agosto.
O ‘problema’ é que desde então, os EUA têm colecionado uma série de indicadores macroeconômicos muito positivos e apesar de reveses temporários, a maioria aponta para um crescimento econômico acima de todas as projeções mais trágicas desde o início da crise.
Assim, ‘somente agora’ os investidores tomaram conta que tal aumento de base monetária através das compras intensas do Fed, juntamente à melhor perspectiva de crescimento econômico e injeções de recursos através de infraestrutura e cheques na mão a população pode causar inflação.
Obviamente, o temor é mesmo de retirada da tão desejada liquidez por parte do mercado e o retorno da alta de juros que pode competir com os ativos mais arriscados e de melhor rendimento.
Este temor, porém, é sensivelmente adiantado, pois sinais reais de inflação tendem a surgir não este ano, talvez no próximo e a partir de então, se fala na reversão dos estímulos.
A última sessão da semana, do mês e do bimestre tende a ser volátil e difícil, em meio ao contexto adiantado de temores de normalização de juros nos EUA, uma série de vencimentos e após a pior sessão dos mercados desde outubro do ano passado.
Atenção aos balanços de IAG, Deutsche Telekom, BASF, UOL e localmente, Atma (SA:ATMP3) e Hypera (SA:HYPE3).
Na agenda macro, destaca-se a PNAD e o setor público consolidado no Brasil e nos EUA, estoques ao atacado e varejo, PCE e confiança do consumidor.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com os temores ainda em voga de inflação nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, quedas generalizadas, com investidores monitorando os rendimentos dos Treasuries após o de 10 anos cruzar brevemente os 1,6%.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com a alta global do dólar.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,70%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5197 / 1,92 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,288%
Dólar / Yen : ¥ 106,37 / -0,028%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,464%
Dólar Fut. (1 m) : 5512,63 / 1,61 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,67 % aa (5,66%)
DI - Janeiro 23: 5,46 % aa (3,02%)
DI - Janeiro 25: 7,17 % aa (2,43%)
DI - Janeiro 27: 7,84 % aa (1,95%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,9493% / 112.256 pontos
Dow Jones: -1,7516% / 31.402 pontos
Nasdaq: -3,5192% / 13.119 pontos
Nikkei: -3,99% / 28.966 pontos
Hang Seng: -3,64% / 28.980 pontos
ASX 200: -2,35% / 6.673 pontos
ABERTURA
DAX: -0,254% / 13844,08 pontos
CAC 40: -0,404% / 5760,55 pontos
FTSE: -0,518% / 6617,50 pontos
Ibov. Fut.: -3,06% / 112264,00 pontos
S&P Fut.: -2,412% / 3828,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,208% / 12832,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,24% / 86,04 ptos
Petróleo WTI: -0,94% / $62,88
Petróleo Brent: -0,76% / $66,24
Ouro: -0,20% / $1.764,37
Minério de Ferro: 0,93% / ¥ $165,02
Soja: -0,57% / $1.390,00
Milho: -0,59% / $551,50
Café: -0,14% / $139,00
Açúcar: -1,46% / $17,53