Reações às decisões de política monetária, as definições pouco claras em relação à China Evergrande Group (HK:3333), PEC dos precatórios e o terceiro dia de recuperação dos ativos marcou a sessão de ontem no mercado financeiro.
Eis que, mesmo antes da abertura dos mercados ontem, os quais praticamente ignoraram tais sinais, o governo chinês anuncia aos governos regionais para se prepararem para um possível colapso da Evergrande, apesar de Pequim indicar estar tomando medidas para que a construtora tenha mais tempo para administrar seus problemas.
É muito possível que a empresa inicie um processo de default seletivo, em especial aqueles títulos offshore, fazendo com que investidores externos já comecem a desistir do pagamento de cupons de US$18 bi de seus bonds.
O volume de bonds em dólares é relativamente limitado, exatamente pelas dificuldades em se investir em solo chinês e pela fraca regulação dos setores, ainda assim, a empresa deveria cumprir com pagamentos em juros locais hoje, o que já não aconteceu.
O caminho para uma ‘intervenção, branca’ do governo, ou seja, estatização da empresa está aberto, onde provavelmente juros locais serão pagos, haverá esforço para a entrega do restante dos imóveis, porém os credores em bonds, em especial estrangeiros, sofrem com o silêncio geral.
Ainda na China, o PBOC anunciou que todas as operações em criptomoedas são ilegais e deve cessar imediatamente, o que atinge fortemente o setor em nível global, pois inclui empresas não sediadas em solo chinês, mas que fazem negócios no país.
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É mais um golpe nas criptos, após o governo proibir a mineração em território chinês.
As atenções hoje se voltam à inflação do IPCA-15 no Brasil, dado o contexto de pressões ainda presentes como alimentos, energia e transportes e por conta do peso da última decisão do COPOM.
Atenção aos dados de setor externo e vendas de imóveis nos EUA, além da mais uma fala de Powell hoje às 11:00.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, em reação à Evergrande, BCs e dados econômicos.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com exceção do Nikkei, ainda em reação às menções à Evergrande.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em leve alta em Londres e Nova York, rumando para uma semana positiva para a commodity.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 6,33%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,3033 / 0,25 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,026%
Dólar / Yen : ¥ 110,41 / 0,063%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / -0,080%
Dólar Fut. (1 m) : 5308,89 / -0,16 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,42 % aa (0,36%)
DI - Janeiro 23: 8,91 % aa (1,02%)
DI - Janeiro 25: 9,95 % aa (1,53%)
DI - Janeiro 27: 10,35 % aa (1,47%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 1,5872% / 114.064 pontos
Dow Jones: 1,4785% / 34.765 pontos
Nasdaq: 1,0432% / 15.052 pontos
Nikkei 225: 2,06% / 30.249 pontos
Hang Seng: -1,30% / 24.192 pontos
ASX 200: -0,37% / 7.343 pontos
Abertura
DAX: -0,663% / 15540,27 pontos
CAC 40: -0,874% / 6643,64 pontos
FTSE 100: -0,297% / 7057,33 pontos
Ibovespa Futuros.: 1,59% / 114221,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,877% / 4375,10 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,454% / 15234,50 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,20% / 98,43 ptos
Petróleo WTI: 0,07% / $73,32
Petróleo Brent: 0,17% / $77,39
Ouro: 0,73% / $1.755,31
Minério de ferro: 1,65% / $120,45
Soja: -0,16% / $1.282,00
Milho: -0,52% / $526,25
Café: 1,10% / $192,75
Açúcar: -0,56% / $19,38