O cenário atual começa a se desenhar de um modo interessante no mundo, desde os eventos deflagrados pela crise das hipotecas em 2008 e culminando na pandemia de 2020 e ganhando um impulso na invasão russa à Ucrânia.
O primeiro fato é a demonstração de que o expediente de impressão “infinita” de dinheiro se voltou contra os defensores de tal hipótese, após a expansão da base monetária promovida pelos bancos centrais de economias desenvolvidas.
Isso provocou uma inflação sem precedentes, de impactos nada regionalizados e mesmo assim, tais bancos centrais continuam reticentes em promover os ajustes necessários para coibir o que primariamente motivou tal cenário, ou seja, a necessária redução da base monetária, antes de mais nada.
O outro ponto é a globalização, pois a ação sem precedentes dos governos mundiais contra a Rússia para tentar, e falhar, em coibir a invasão da Ucrânia mudaram o principal paradigma da economia globalizada, ao se trazer dúvidas em sem manter o dólar como principal reserva de valor, clearing e meio de troca.
A ação dos EUA, coordenada com países europeus em travar os ativos russos, especialmente aqueles conectados ao banco central acelerou o processo que busca mudar tal referência, algo que estava “engavetado” até recentemente, por não receber aderência de diversos países.
Agora, a China já se agita para trazer uma opção de negócios globais diretamente em Yuans, especialmente com os países árabes e também, com a expansão de sua influência sob a África.
Países emergentes podem avançar em tal processo, em meio aos incentivos que a China deve promover daqui em diante na sua economia, com juros mais baixos e crédito abundante, de forma a sair da crise pandêmicas auto-inflingida.
Em resumo, o mundo de amanhã pode ser de economias centrais em recessão, de forma a controlar uma inflação lidada de maneira amadora, desglobalizado e com a China liderando um bloco de países, emergentes inclusos em um ciclo descorrelacionado de crescimento econômico.
Atenção hoje aos dados já divulgados de inflação no Japão e na Alemanha acima das expectativas, com o índice ao atacado germânico aos 33,5% anuis e vendas ao varejo no Reino Unido acima das projeções, se unindo à uma coleção de dados mais positivos no reino de Elisabeth.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, buscando recuperar os dias mais turbulentos da semana.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com os possíveis incentivos à economia da China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e cobre.
O petróleo abre sem rumo em Londres e Nova York entre temores com a economia global e perspectivas de incentivo na China.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,73%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,932 / -0,79 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,028%
Dólar / Yen : ¥ 128,07 / 0,250%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / 0,080%
Dólar Fut. (1 m) : 4909,09 / -1,95 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,28 % aa (-0,60%)
DI - Janeiro 24: 12,87 % aa (-0,92%)
DI - Janeiro 26: 12,04 % aa (-1,39%)
DI - Janeiro 27: 11,99 % aa (-1,52%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,7135% / 107.005 pontos
Dow Jones: -0,7524% / 31.253 pontos
Nasdaq: -0,2597% / 11.389 pontos
Nikkei: 1,27% / 26.739 pontos
Hang Seng: 2,96% / 20.717 pontos
ASX 200: 1,15% / 7.146 pontos
ABERTURA
DAX: 1,826% / 14135,78 pontos
CAC 40: 1,234% / 6350,11 pontos
FTSE: 1,826% / 7436,10 pontos
Ibov. Fut.: 0,67% / 107708,00 pontos
S&P Fut.: 1,15% / 3942,75 pontos
Nasdaq Fut.: 1,488% / 12068,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,42% / 130,55 ptos
Petróleo WTI: -0,17% / $112,02
Petróleo Brent: 0,18% / $112,24
Ouro: 0,28% / $1.845,86
Minério de Ferro: 5,72% / $133,75
Soja: 0,12% / $1.692,00
Milho: -0,70% / $777,75
Café: 0,57% / $219,20
Açúcar: 0,30% / $19,85