No início de semana com feriado nos EUA, onde somente o futuro das bolsas americanas operam, observamos o avanço da disputa binária saúde X economia ganhando força na China, com o anúncio de relaxamento das restrições da Covid.
Além disso, um conjunto de medidas de estímulo à economia se torna cada vez mais forte, à medida que as projeções gerais do crescimento chines se reduzem a cada cenário, especialmente das grandes instituições financeiras.
Neste contexto, aquilo que já citamos aqui como uma possível saída honrosa de Xi Jinping parece se desenhar, pois são nítidas as consequências negativas para a economia chinesa da política de COVID zero, com resultados fortemente questionáveis em termos de controle sanitário.
O premiê Li KeQiang é o principal defensor dos estímulos à economia e do relaxamento das restrições, o que tem ganho bastante apoio dentro do partido comunista, o que pode minar a base supostamente sólida de Xi para as eleições do partido no fim do ano.
A principal consequência de curto prazo para tal cenário é visto nas commodities, que podem perder o ímpeto de queda e ainda que isto signifique em partes a continuidade da inflação destes itens, por outro lado uma possível dissolução do choque de ofertas tem um caráter fortemente desinflacionário.
Outra consequência é a perda de força do dólar em nível global, com a possibilidade de estímulos à economia chinesa e o fortalecimento de moedas de mercados emergentes, entre elas o Real.
Tal contexto depende especialmente do avanço da redução das restrições chinesas e da retomada da atividade econômica, até mesmo para reduzir o impacto de um movimento contracionista na economia global, na forma das diversas elevações de juros para conter a inflação que exatamente foi catalisada pela China.
Hoje o IGP-M aos 0,52%, abaixo dos 1,41% anteriores só não foi melhor, devido à alta do custo de construção civil, pois tanto o IPC-M, de 1,53% para 0,35%, quanto o IPA-M, de 1,45% para 0,4% abrem espaço para a política monetária defendida pelo COPOM em sua última reunião.
Semana com foco no mercado de trabalho nos EUA e no Brasil, uma série de ISMs e PMIs no mundo, o PIB brasileiro, fiscal, produção industrial e balança comercial.
Atenção à inflação da Alemanha hoje.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na busca, com o feriado nos EUA limitando o volume de negociações.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após a promessa de redução das restrições na China, acompanhada de possíveis estímulos econômicos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries não operam devido ao feriado do dia Memorial nos EUA.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção à prata de destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, antes de reunião da UE sobre sanções à Rússia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,45%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,7318 / -0,76 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,224%
Dólar / Yen : ¥ 127,32 / 0,157%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / 0,079%
Dólar Fut. (1 m) : 4739,96 / -0,36 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,33 % aa (-0,63%)
DI - Janeiro 24: 12,80 % aa (-0,04%)
DI - Janeiro 26: 11,95 % aa (0,42%)
DI - Janeiro 27: 11,93 % aa (0,17%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0463% / 111.942 pontos
Dow Jones: 1,7642% / 33.213 pontos
Nasdaq: 3,3259% / 12.131 pontos
Nikkei: 2,19% / 27.369 pontos
Hang Seng: 2,06% / 21.124 pontos
ASX 200: 1,45% / 7.287 pontos
ABERTURA
DAX: 0,704% / 14563,98 pontos
CAC 40: 0,781% / 6566,62 pontos
FTSE: 0,168% / 7598,23 pontos
Ibov. Fut.: -0,04% / 112489,00 pontos
S&P Fut.: 0,76% / 4187,5 pontos
Nasdaq Fut.: 1,161% / 12816,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,46% / 133,87 ptos
Petróleo WTI: 0,36% / $115,48
Petróleo Brent: 0,33% / $119,82
Ouro: 0,10% / $1.855,46
Minério de Ferro: 1,49% / $135,05
Soja: 0,33% / $1.732,25
Milho: 1,60% / $777,25
Café: 1,26% / $229,45
Açúcar: 0,36% / $19,61