A divisão entre política e commodities acabou por embasar o mercado financeiro local, acompanhando em partes o ainda positivo ritmo das bolsas de valores internacionais.
A puxada do minério de ferro ontem, a qual aparentemente não terá continuidade hoje, sustentou a alta de empresas como a Vale (SA:VALE3), além de outras ligadas às commodities.
O problema é que a PEC dos precatórios continua no foco e na ausência de solução melhor para ampliar os programas assistenciais, o governo continua a buscar o expediente no ‘calote’ temporário dos precatórios e assim, jogando o problema ao próximo mandato, seja ele de que for.
Nesse ínterim, continua a temporada global de balanços, se intensificando com resultados importantes no Brasil e assim como no exterior, parte superando as expectativas dos analistas, dando suporte ao contexto positivo de mercado.
Na agenda econômica, as atenções se voltam à inflação, com peso global da puxada dos preços de commodties e voltando a pesar localmente no atacado, como observado no IPA-DI de ontem, com alta de 1,90%, ante -1,17% no mês anterior.
O índice ao varejo registrou resultado igual ao IPC-S da semana, 0,77%, um recuo em relação aos 1,43% da medição anterior, porém tal alívio é temporário e as pressões do atacado em breve tendem a impactar novamente o varejo.
O breve alívio cambial e de commodities foram suficientes para reduzir a pressão de preços recentemente em nossa inflação, demonstrando a velocidade do impacto do câmbio no Brasil e como rapidamente ocorre esta transferência.
Neste contexto, as atenções se voltam ao IPP hoje nos EUA, com expectativa de um número forte e que deve permanecer com uma das maiores inflações históricas, a qual coleciona novos recordes desde março deste ano.
Semelhante deve ocorrer na China, com a maior inflação ao atacado desde 1995, ou seja, o choque de oferta continua a cobrar seu pesado preço em nível global e sem sinal de alívio no curo prazo.
Atenção à leitura dos índices Zew de expectativas acima das projeções na Europa.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa com dados de inflação ao atacado.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, puxados por ações da Softbank (T:9984) no Nikkei e seguindo em partes Wall Street.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao cobre e paládio.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, na expectativa por um crescimento econômico global mais forte.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,23%.
Câmbio
Dólar : R$ 5,5422 / 0,00 %
Euro / Dólarr : US$ 1,16 / 0,052%
Dólar / Iene : ¥ 112,86 / -0,327%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / 0,302%
Dólar Fut. (1 m) : 5575,66 / 0,66 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 11,29 % aa (0,89%)
DI - Janeiro 23: 12,21 % aa (1,41%)
DI - Janeiro 25: 12,16 % aa (0,33%)
DI - Janeiro 27: 12,02 % aa (-0,58%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: -0,0411% / 104.781 pontos
Dow Jones: 0,2870% / 36.432 pontos
Nasdaq: 0,0674% / 15.982 pontos
Nikkei 225: -0,75% / 29.285 pontos
Hang Seng: 0,20% / 24.813 pontos
ASX 200: -0,24% / 7.434 pontos
Abertura
DAX: 0,193% / 16077,42 pontos
CAC 40: 0,186% / 7060,61 pontos
FTSE 100: 0,128% / 7309,72 pontos
Ibovespa Futuros.: -0,07% / 105429,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,05% / 4696,25 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,158% / 16357,25 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,19% / 102,98 ptos
Petróleo WTI: 0,83% / $82,42
Petróleo Brent: 0,73% / $83,80
Ouro: 0,06% / $1.825,59
Minério de Ferro: -1,53% / $94,36
Soja: -0,25% / $1.175,00
Milho: 0,77% / $555,50
Café: 0,83% / $201,05
Açúcar: 0,45% / $20,00