Dentro das expectativas, ao menos em relação à decisão de juros.
Este é resumo das duas importantes reuniões de política monetária, onde o FOMC manteve inalterada a taxa dos Fed Funds na faixa até 0,25% aa, enquanto o COPOM elevou a Selic de 5,25% para 6,25% ao ano, contratando mais uma elevação de juros.
A diferença vem na direção adotada em ambos os comunicados, em especial a entrevista de Powell logo após a apresentação das projeções do Fed e da decisão de juros, marcada por contradições.
O comunicado do Fed foi na linha conhecida como Dovish, ou seja, com tendência a manter os estímulos e não alterar as taxas de juros por um período ainda indeterminado, o que foi corroborado pelo comunicado.
Ao mesmo tempo, a tradicional entrevista de Powell conseguiu ir para todas as direções, pois ao mesmo tempo em que cita a possibilidade de que um tapering termine em meados de 2022 e também que se inicie em novembro deste ano, enfatizou que não, não existe uma data ou qualquer decisão tomada neste sentido.
A reação dos ativos foi de confusão, dando força global ao dólar, ao mesmo tempo em que preservou os ganhos nas bolsas de valores, ambos ‘animados’ com as respectivas partes que lhes agradavam no discurso.
Por fim, Powell deixou tudo novamente no ar, com uma comunicação vaga e aberta a interpretações diversas, não muito diferente das recentes.
Localmente, o COPOM foi claro na comunicação de elevação dos juros em 100 bp e o contrato de elevação contínua repetindo a atual, de forma a dirimir as dúvidas sobre quais serão os próximos movimentos.
Neste sentido, a ênfase na taxa terminal em zona contracionista desenha melhor aos investidores o cenário em que o Bacen possa avançar, todavia, sempre adicionado o porém de que a decisão não é clausula pétrea e pode ser alterada ao sabor dos indicadores econômicos, em especial inflação.
Provavelmente, teremos juros acima de 8%, quem sabe ainda este ano.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, em reação à decisão do FOMC.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com exceção do Nikkei, com a forte puxada das ações da Evergrande.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, apesar das quedas mais fortes nos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -5,13%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,2899 / 0,33 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,248%
Dólar / Iene ¥ 109,88 / 0,091%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / 0,257%
Dólar Futuros. (1 m) : 5317,46 / 0,76 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,38 % aa (-1,18%)
DI - Janeiro 23: 8,82 % aa (-0,17%)
DI - Janeiro 25: 9,80 % aa (-0,41%)
DI - Janeiro 27: 10,20 % aa (-0,49%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 1,8436% / 112.282 pontos
Dow Jones: 0,9979% / 34.258 pontos
Nasdaq: 1,0202% / 14.897 pontos
Nikkei 225: -0,67% / 29.639 pontos
Hang Seng: 1,19% / 24.511 pontos
ASX 200: 1,00% / 7.370 pontos
Abertura
DAX: 0,912% / 15648,16 pontos
CAC 40: 0,895% / 6696,43 pontos
FTSE 100: 0,459% / 7115,89 pontos
Ibovespa Futuros.: 1,83% / 112435,00 pontos
S&P 500 Futuros.: -0,877% / 4375,10 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,574% / 15251,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,06% / 97,09 ptos
Petróleo WTI Futuros -0,46% / $71,90
Petróleo Brent: -0,33% / $75,97
Ouro: 0,23% / $1.772,11
Minério de ferro: 4,05% / $120,73
Soja: 0,31% / $1.286,25
Milho: -0,38% / $523,50
Café: 0,51% / $185,80
Açúcar: 0,36% / $19,40