Começa a reunião do COPOM, com maior expectativa dos agentes de mercado sobre o comunicado da autoridade monetária do que pela decisão em si, já que o Banco Central contratou aumento de 75 pontos-base na taxa de juros já na reunião anterior.
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Além do resultado da balança comercial de ontem, que não necessariamente elevou o fluxo de dólares dos exportadores ao Brasil, houve uma clara inserção de capital estrangeiro no país no mês de abril.
Neste mesmo mês, o país passou por problemas relacionados à aprovação do Orçamento de 2021, com graves riscos de descumprimento da lei de responsabilidade fiscal, por problemas com a CPI da pandemia emitiu poucos sinais de que haverá um avanço consistente das reformas estacionadas no Congresso.
A única coisa que diferenciou o país dos meses anteriores e com grandes chances acabou por melhorar o fluxo de capital internacional ao país foi a elevação de juros por parte do Copom e a contratação de mais uma elevação na mesma medida de 75 pontos-base.
Isso ainda não reduz o diferencial de juros curtos dos nossos pares internacionais, ao se considerar possíveis montagens de carry trade, mas dado que o Brasil esteve e está barato por um período relativamente longo e várias divisas de emergentes estão ‘esticadas’ pela liquidez internacional, conseguimos atrair novamente tal fluxo.
O desafio do Copom hoje será calibrar o discurso entre a rotação de pressões inflacionárias, as quais saem de combustíveis e diversos itens diretamente relacionados ao câmbio e preços internacionais e passa para agrícolas, proteínas e energia, os 3 itens conectados à baixa pluviosidade recente.
Reservas e barragens com baixo nível já impactam a bandeira de energia elétrica e além da demanda acelerada por commodities no exterior, reduzindo a oferta local, diversas culturas sofrem com o outono atipicamente quente e seco.
Tudo isso ainda sem correlação ainda com melhora na atividade econômica ou pressões de demanda agregada.
É a linha tênue de um ajuste que usualmente demanda cautela na comunicação para ancorar as expectativas.
Na agenda macroeconômica, o início da reunião do Copom e PMI de manufaturas no Brasil, pedidos às fábricas, de bens de capital e duráveis nos EUA.
Na agenda corporativa, Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34), T-Mobile (NASDAQ:TMUS) (SA:T1MU34), CVS (NYSE:CVS) (SA:CVSH34), ConocoPhillips (NYSE:COP) (SA:COPH34), Activision Blizzard (NASDAQ:ATVI) (SA:ATVI34), Thomson Reuters (TSX:TRI), Prudential (LON:PRU), DuPont (NYSE:DD), Ferrari (NYSE:RACE) e localmente Assaí (SA:ASAI3), Copasa (SA:CSMG3), Iguatemi (SA:IGTA3), Minerva (SA:BEEF3), Bradesco (SA:BBDC4) e Qualicorp (SA:QUAL3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com atenção à perspectiva de reaberturas e recuperação, além do foco em balanços.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com foco nos juros mantidos na Austrália.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto paládio e platina.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com perspectiva de maior demanda resultados da ARAMCO.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,66%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4423 / 0,08 %
Euro / Dólar : US$ 1,20 / -0,473%
Dólar / Iene : ¥ 109,46 / 0,348%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,187%
Dólar Futuro. (1 m) : 5420,14 / -0,26 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,65 % aa (3,11%)
DI - Janeiro 23: 6,41 % aa (2,15%)
DI - Janeiro 25: 7,86 % aa (1,29%)
DI - Janeiro 27: 8,50 % aa (1,07%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,2655% / 119.210 pontos
Dow Jones: 0,7037% / 34.113 pontos
Nasdaq: -0,4839% / 13.895 pontos
Nikkei: -0,83% / 28.813 pontos
Hang Seng: 0,70% / 28.557 pontos
ASX 200: 0,56% / 7.068 pontos
ABERTURA
DAX: -0,289% / 15192,48 pontos
CAC 40: 0,517% / 6340,54 pontos
FTSE 100: 0,695% / 7018,22 pontos
Ibovespa Futuros: 0,16% / 119508,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,119% / 4180,80 pontos
Nasdaq Futuros: -0,290% / 13750,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,73% / 91,63 ptos
Petróleo WTI: 1,77% / $65,61
Petróleo Brent: 1,82% / $68,75
Ouro: -0,59% / $1.782,16
Minério de Ferro: -1,95% / ¥ $185,04
Soja: 0,69% / $1.571,00
Milho: 0,58% / $736,50
Café: 0,43% / $139,35
Açúcar: 2,09% / $17,09