Permanecemos na vanguarda dos mercados, com o Real se valorizando, bolsa de valores em ascensão, na contramão do mundo, o qual continua preocupado com a inflação, problemas geopolíticos e apertos monetários.
À reação positiva dos ativos ontem, foi imputada às falas do ex-presidente e candidato lula, em especial sobre o seu possível vice e ainda que a muitos interesses tal narrativa, a realidade é que o mercado local está com seus ativos altamente descontados.
Não somente isso, pois há também uma taxa de juros nominal e real que garante um carry trade significativo ao investidor estrangeiro, independentemente do cenário político que ainda está por ser traçado neste ano.
Deste modo, em meio a um cenário em que o Fed continua reticente em elevar os juros do modo como deveria e é clara a dissidência interna do seu comitê de política monetária, em especial na liderança considerada mais dovish, a busca por alternativas de alta liquidez cresce e o Brasil é uma alternativa.
O mercado local possui dimensão, volume e liquidez suficiente para isso e o investidor estrangeiro tem completa noção disso, daí o local fica buscando subterfúgios para explicar os movimentos diários dos ativos no contexto político, quando pode ser algo menos imediatista.
No exterior, os temores com a inflação continuam, onde a Alemanha amargou uma inflação ao atacado mensal de 5% em dezembro, levando o índice anual para 24,2%, nunca antes observado na história alemã e a maior sequência de altas recordes, desde junho do ano passado.
Na Zona do Euro, a inflação ao varejo de 5% aa é a maior da história e também segue outra sequência de recordes, desde outubro do ano passado, quando os índices superaram o recorde anterior de 2008, quando a inflação atingiu 3,9% no mês de junho, portanto, assim como nos EUA, não há de se esperar outra situação, senão o aperto monetário, mas mais importante, a retirada imediata dos estímulos.
Dado o peso de nossos índices, ainda que soframos parte deste choque global, nossa tendência é aparentemente de arrefecimento de uma série extensa de preços, ainda contrariada pelo custo de transportes, representado especialmente pela gasolina e o diesel, o que abre espaço para o Banco Central repensar a atual estratégia de juros.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, após mais uma sessão volátil das bolsas internacionais.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após o corte de juros promovido pela China em 10bp para taxa anual e 5bp para taxa de 5 anos, a primeira vez em 2 anos.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao ouro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, apesar das preocupações com a oferta global.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,26%.
CÂMBIO
dólar à vista : R$ 5,4455 / -2,21 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,026%
Dólar / Iene : ¥ 114,27 / -0,053%
Libra / Dólar: US$ 1,36 / 0,059%
Dólar Fut. (1 m) : 5482,36 / -1,94 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,02 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 24: 11,63 % aa (-1,48%)
DI - Janeiro 26: 11,18 % aa (-2,02%)
DI - Janeiro 27: 11,24 % aa (-1,83%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,2617% / 108.014 pontos
Dow Jones: -0,9608% / 35.029 pontos
Nasdaq: -1,1488% / 14.340 pontos
Nikkei: 1,11% / 27.773 pontos
Hang Seng: 3,42% / 24.952 pontos
ASX 200: 0,13% / 7.342 pontos
ABERTURA
DAX: -0,162% / 15784,18 pontos
CAC 40: -0,583% / 7131,19 pontos
FTSE: -0,220% / 7572,99 pontos
Ibovespa Futuros: 1,22% / 108728,00 pontos
S&P 500 Futuros.: 0,43% / 4543,5 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,637% / 15136,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,05% / 105,50 ptos
Petróleo WTI: -0,51% / $86,79
Petróleo Brent: -0,85% / $88,08
Ouro: -0,15% / $1.839,10
Minério de Ferro: 0,76% / $127,41
Soja: 0,27% / $1.396,50
Milho: -0,16% / $609,25
Café: -0,06% / $243,95
Açúcar: 0,05% / $19,00