Semana pesada de indicadores macroeconômicos, com destaque para a inflação oficial no Brasil, o IPCA e os dados do mercado de trabalho nos EUA, com expectativa de ainda robusta criação de vagas.
Por aqui, as pressões de curto prazo da inflação ainda não são suficientes para reverter a ancoragem das expectativas e sequer alterar o rumo da política monetária no futuro próximo, portanto, como citamos constantemente aqui, resta ao governo dar a segurança fiscal suficiente para que o processo naturalmente ocorra.
O retorno dos constantes ataques ao Banco Central mascara em partes a ausência de um plano competente de ancora fiscal, que supostamente substituiriam a atual regra do teto, pois dos formatos “testados” até recentemente pelo ministério da Fazenda não foram bem recebidos por analistas e investidores.
O problema é quando o termo “anticíclico” começa a ser aviltado novamente pelo governo, relembrando as bases do que se tornou a crise fiscal do governo Dilma e culminou em seu impeachtment.
Portanto, se o sinal continuar nesta linha, não é possível para o Banco Central sinalizar nada diferente do que a manutenção dos juros nos atuais patamares até que, efetivamente, seja possível retomar o processo de afrouxamento monetário.
A taxação da exportação de petróleo é mais uma demonstração de que a busca pela solução fiscal tenderá ser via receita e não despesa, especialmente no formato desta taxação, pois penaliza o acionista minoritário em detrimento ao majoritário, o qual na conta final, será o beneficiário de um imposto que somente a empresa pagará.
No exterior, o sinal da China de que a meta de crescimento deverá ser menor, 5%, quando o esperado por analistas estava entre 5,5% e 6%, seguindo a tendência observada na pré-pandemia e neste cenário, abre-se uma preocupação com emergentes e com commodities.
Na pesada agenda, além do Payroll, ADP e uma série de dados do mercado de trabalho americano, incluem-se a ida de Powell ao congresso para apresentar os resultados de política monetária e o livro Bege do Fed.
No restante, a agenda se completa com uma série de dados na Europa, China e Japão, com destaque para PPIs, PIBs, balança comercial e a decisão do BoJ.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, digerindo a perspectiva mais modesta de crescimento na China.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, mesmo após o anúncio da China de meta menor de crescimento.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro e prata.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, nos temores de um crescimento mais fraco na China.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,25%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1981 / -0,24 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,028%
Dólar / Yen : ¥ 135,94 / 0,147%
Libra / Dólar : US$ 1,20 / -0,042%
Dólar Fut. (1 m) : 5231,88 / 0,04 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,37 % aa (0,16%)
DI - Janeiro 25: 12,84 % aa (0,35%)
DI - Janeiro 26: 12,99 % aa (0,16%)
DI - Janeiro 27: 13,20 % aa (0,13%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5230% / 103.866 pontos
Dow Jones: 1,1738% / 33.391 pontos
Nasdaq: 1,9718% / 11.689 pontos
Nikkei: 1,11% / 28.238 pontos
Hang Seng: 0,17% / 20.603 pontos
ASX 200: 0,62% / 7.329 pontos
ABERTURA
DAX: 0,265% / 15619,67 pontos
CAC 40: 0,359% / 7374,47 pontos
FTSE: -0,443% / 7911,88 pontos
Ibov. Fut.: 0,42% / 105012,00 pontos
S&P Fut.: -0,02% / 4048,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,032% / 12314,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,26% / 106,95 ptos
Petróleo WTI: -1,23% / $78,69
Petróleo Brent: -1,30% / $84,71
Ouro: -0,28% / $1.852,25
Minério de Ferro: -0,83% / $124,35
Soja: -0,16% / $1.525,25
Milho: 0,00% / $645,25
Café: -1,71% / $180,80
Açúcar: -0,72% / $20,70