Após uma semana fortemente marcada pelo contexto político local e internacional, a tendência para a atual semana é de atenção redobrada ao tema, com o número reduzido de indicadores econômicos divulgados durante a semana.
No lado negativo, a questão China-EUA toma novos contornos, tanto com a proibição de empresas americanas operarem com a Huawei, que já levou a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (Google) a retirar as licenças da empresa para o ambiente Android, que somente poderá ser usado na versão open source, quanto com a retórica chinesa mais pesada contra os EUA.
Neste caso, o governo se vale de pesada propaganda contra os EUA e aquecem os ânimos das retóricas protecionistas de ambos os lados. Outro ponto importante na questão geopolítica continua a ser o Irã e a elevação do tom na discussão com os EUA.
Trump já fez várias ameaças pelo Twitter, algumas nada veladas e a reação vai desde a sinalização de retorno do enriquecimento de urânio, algo que supostamente havia acabado com os acordos anteriores, além do corte do fornecimento de petróleo, mesmo com as sanções americanas.
Neste contexto, o problema político brasileiro ganha novos contornos, com o peso redobrado da aprovação da reforma da previdência e ainda mais, com os desdobramentos de toda a sorte de confusões políticas em que se envolveram os diversos correligionários do governo.
Os problemas se avolumam e pouca solução parece crível no curto prazo, com o Congresso tomando à frente dos avanços na reforma da previdência, porém sem a retórica falsa de ‘protagonismo’, sendo um rito natural de aprovações congressuais.
Na semana, atenção aos indicadores do mercado imobiliário americano, discursos de membros do FOMC, além da ata da última reunião e inflações no Brasil, em especial o IPCA-15.
CENÁRIO POLÍTICO
A convocação de protestos em favor do governo tem dividido a base, entre aqueles que acreditam na necessidade de pressão popular em favor do presidente e aqueles que veem em um possível esvaziamento, um sinal negativo para as negociações no Congresso.
Mais atingido por fogo amigo do que nunca, o problema atual do governo não reside somente na resistência, muitas vezes corporativista de parlamentares contra mudanças importantes que ocorrem neste momento, muitas das quais redefinirão o futuro do país, mas também na falta de coesão de seus apoiadores, muitos neófitos na política.
Por fim, o protagonismo deve ser somente uma pessoa, Bolsonaro.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com tensões renovadas da guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi misto, ainda pelo anúncio contra a Huawei.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos a partir dos 10 anos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta, com tensões no Oriente Médio.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 7%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0987 / 1,30 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,009%
Dólar / Yen : ¥ 109,93 / -0,136%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,134%
Dólar Fut. (1 m) : 4106,98 / 1,62 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,05 % aa (1,88%)
DI - Janeiro 23: 8,30 % aa (2,22%)
DI - Janeiro 25: 8,91 % aa (2,18%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,04% / 89.993 pontos
Dow Jones: -0,38% / 25.764 pontos
Nasdaq: -1,04% / 7.816 pontos
Nikkei: 0,24% / 21.302 pontos
Hang Seng: -0,57% / 27.788 pontos
ASX 200: 1,74% / 6.476 pontos
ABERTURA
DAX: -1,369% / 12071,44 pontos
CAC 40: -1,378% / 5363,31 pontos
FTSE: -0,983% / 7276,40 pontos
Ibov. Fut.: 0,12% / 90436,00 pontos
S&P Fut.: -0,608% / 2844,60 pontos
Nasdaq Fut.: -1,162% / 7424,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,34% / 79,99 ptos
Petróleo WTI: 0,32% / $62,96
Petróleo Brent:0,46% / $72,54
Ouro: -0,09% / $1.276,43
Minério de Ferro: 0,22% / $96,34
Soja: -2,21% / $14,57
Milho: 1,50% / $389,00
Café: -2,94% / $87,35
Açúcar: 0,95% / $11,66