Feriados no exterior reduzem drasticamente o volume das operações globais e obviamente locais, onde a celebração do Natal foi transferida para hoje, por cair no domingo, como usualmente ocorre em grande parte dos países.
Com isso, o “voo solo” do Brasil deve ser de ajustes mínimos, agenda vazia e atenção aos possíveis desenrolares da política e esperança de continuidade do rali de fim de ano que se manteve pela semana anterior.
Para esta semana, o foco fica para o mercado de trabalho no Brasil, com a PNAD e o CAGED e dados fiscais, com déficits do governo central e setor público consolidado considerado administráveis, após uma série de superávits.
Na inflação, a atenção se volta ao IGP-M, com o retorno da inflação positiva, após quatro deflações consecutivas, basicamente puxadas pela queda do atacado e com o retorno das pressões do minério de ferro no mercado internacional, o IPA retornou ao positivo, ainda que o índice ao varejo, IPC-M, continue comportado na medida de dezembro.
No restante, a agenda no exterior tem foco nos EUA no mercado imobiliário, no Japão em indicadores de atividade econômica e alguns PMIs na China, no restante, a semana mais vazia em termos de agenda macroeconômica do ano.
Na semana que passou, além da revisão mais forte do PIB americano, reiterando a posição do Federal Reserve quanto ao ritmo de elevações de juros, os dados mensais mostraram um cenário levemente menos pesado.
Apesar do crescimento de acima das expectativas da renda pessoal (0,4%), o PCE, principal inflação observada pela autoridade monetária para tomadas de decisões reduziu de 0,4% para 0,1% em novembro na margem, saindo de 6,1% para 5,5%aa.
O mesmo ocorreu com o núcleo, saindo de 0,3% para 0,2% na margem e caindo de 5,0% para 4,7% no mesmo período, o que se une à série de dados com possível contração da atividade econômica americana, como indicadores antecedentes, atividade do Fed de Kansas City e mercado imobiliário.
Neste ínterim, somente a surpresa da alta em venda de casas novas fugiu de um cenário de pretensa recessão futura nos EUA, o que pode novamente, reconfigurar o futuro da política monetária do Fed.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, fechados pelo feriado de natal.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, parcialmente fechados pelo feriado e alta no Nikkei, apesar do maior núcleo inflacionário em 40 anos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries não operam.
Entre as commodities metálicas, altas, forte destaque ao paládio e platina.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, após a Rússia ameaçar um corte de produção devido ao teto de preços.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -5,01%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1612 / -0,23 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,066%
Dólar / Yen : ¥ 133,17 / 0,196%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / 0,174%
Dólar Fut. (1 m) : 5169,54 / -0,50 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,52 % aa (-1,88%)
DI - Janeiro 25: 12,83 % aa (-1,82%)
DI - Janeiro 26: 12,81 % aa (-1,39%)
DI - Janeiro 27: 12,83 % aa (-1,05%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,9954% / 109.698 pontos
Dow Jones: 0,5342% / 33.204 pontos
Nasdaq: 0,2075% / 10.498 pontos
Nikkei: 0,65% / 26.406 pontos
Hang Seng: -0,44% / 19.593 pontos
ASX 200: -0,63% / 7.108 pontos
ABERTURA
DAX: 0,193% / 13940,93 pontos
CAC 40: -0,201% / 6504,90 pontos
FTSE: 0,050% / 7473,01 pontos
Ibov. Fut.: 1,99% / 111412,00 pontos
S&P Fut.: 0,53% / 3869,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,190% / 11075,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,14% / 112,56 ptos
Petróleo WTI: 2,67% / $79,56
Petróleo Brent: 3,63% / $83,92
Ouro: 0,32% / $1.798,20
Minério de Ferro: 0,09% / $110,65
Soja: 0,77% / $1.479,00
Milho: 0,87% / $666,25
Café: 1,84% / $172,00
Açúcar: 0,43% / $20,98