Conforme citamos ontem, alguns indicadores de atividade econômica e inflação demonstrando o aquecimento podem influenciar as decisões de política monetária por parte do COPOM no próximo anos.
O destaque para a inflação do IGP-M semanal acima das expectativas, assim como os dados de emprego e atividade demonstra que a continuidade em 2018 do afrouxamento monetário, insistimos, reside na aprovação da reforma da previdência, mesmo a versão desidratada.
No exterior, o mercado continua animado com as ações de empresas de tecnologia, seguindo a tendência positiva para o consumo e pelos anúncios constantes de inovações pelas empresas, o que influencia também o mercado asiático.
A dobradinha crescimento moderado sem inflação continua nos EUA, portanto ainda sem mudanças significativas na política de juros.
CENÁRIO POLÍTICO
O afago do governo a Maia tem surtido efeito e apesar do mise-en-scène para a imprensa, hora indicando que existe quórum para votação, hora indicando que não existe, porém parece certa a aprovação da reforma mini da previdência.
Como era de se esperar, o desembarque do PSDB ocorre paulatinamente, porém parece poupar quadros técnicos, conforme citado em reportagem do Estadão hoje.
Isso preserva nomes importantes e de destaque como Pedro Parente na Petrobrás, onde se considera estar fazendo um trabalho de excelência e ao mesmo tempo, abre espaço para encaixar as demandas políticas, típicas da politicagem local.
O movimento em si é importante, pois a questão fiscal passa prioritariamente pela reforma da previdência e sua aprovação dá o alívio econômico que 2018 o Brasil precisa e a classe política carece monstruosamente, para não ficar com o ônus da reversão da melhora dos indicadores.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, assim como os futuros em NY, puxadas por ações de empresas de tecnologia.
Na Ásia, o fechamento foi positivo na sua maioria, seguindo os novos recordes das bolsas americanas e o Hang Seng aos 30.000 pontos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento negativo até 3 anos e positivo dos 10 em diante, ainda reação à aprovação do plano tributário de Trump na câmara dos deputados (deve ainda ir ao senado).
Entre as commodities metálicas a alta é generalizada com o dólar em queda e com tensões geopolíticas ainda em voga influenciando o ouro.
O petróleo opera com ganhos em ambas as praças, com a indicação de cortes de produção pela OPEP.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2541 / -0,10 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,179%
Dólar / Yen : ¥ 112,10 / -0,311%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,091%
Dólar Fut. (1 m) : 3247,51 / -0,46 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,90 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,80 % aa (-0,51%)
DI - Janeiro 21: 9,25 % aa (-0,64%)
DI - Janeiro 25: 10,35 % aa (-1,15%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,58% / 74.595 pontos
Dow Jones: 0,69% / 23.591 pontos
Nasdaq: 1,06% / 6.862 pontos
Nikkei: 0,48% / 22.523 pontos
Hang Seng: 0,62% / 30.003 pontos
ASX 200: 0,38% / 5.986 pontos
ABERTURA
DAX: -0,203% / 13140,79 pontos
CAC 40: -0,070% / 5362,37 pontos
FTSE: 0,278% / 7431,93 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 74787,00 pontos
S&P Fut.: 0,054% / 2597,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,004% / 6379,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,31% / 86,75 ptos
Petróleo WTI: 1,60% / $57,74
Petróleo Brent:0,86% / $63,11
Ouro: 0,19% / $1.282,98
Minério de Ferro: 0,45% / $62,05
Soja: -0,11% / $18,48
Milho: -0,07% / $344,75
Café: 0,57% / $124,55
Açúcar: 0,47% / $14,94