A China sofreu um downgrade no seu risco soberano de A1 para AA3, onde a agência cita os riscos relacionados ao sistema de crédito da segunda maior economia do mundo como fator para o alerta. Este pode ser no futuro um cenário de pior dos casos, caso as previsões de expansão da dívida chinesa se concretizem. O impacto vai muito além da Ásia.
No cenário local, o IPCA-15 de ontem, dentro das nossas projeções e o menor índice de maio em ao menos 10 anos demonstra que continua intacto o espaço para o afrouxamento monetário no Brasil na próxima reunião do COPOM e nas seguintes.
Como já é notória a necessidade de aprovação das medidas para o avanço nos cortes, é mantida assim a importância do contexto político, até uma mínima resolução dos problemas até agora enfrentados.
No contexto internacional a situação não é muito diferente. O FOMC tem a necessidade de normalização da taxa de juros americana, porém continua a ter que equilibrar a dose, para não incorrer no erro de deprimir o atual contexto ainda positivo.
A ausência de Trump nos EUA neste momento facilita as discussões parlamentares e o avanço de parte dos planos econômicos, porém mesmo estes contam muitas vezes com premissas errôneas de crescimento econômico, as quais tendem a ser revisadas em breve.
CENÁRIO POLÍTICO
Um leve alívio, porém, pouca mudança. Os jornais já insistem em uma eventual renúncia de Temer, com articulações do PMDB e PSDB para a substituição, por exemplo, por Tasso Jereissati em caso de eleição indireta.
Este contexto se torna possível, caso Temer considere que sua presença seja prejudicial ao avanço das reformas no congresso. Todavia, caso haja algum progresso, o presidente ganha sobrevida no congresso.
No cenário internacional, os temas mais sensíveis contra Trump se aliviam com sua ausência, porém continuam a “correr por fora”, o que pode incrementar a volatilidade com seu retorno.
Por enquanto, os republicanos colecionam pequenas vitorias em ambas as casas, mas nada o suficiente para dar sustentação ao presidente.
CENÁRIO DE MERCADO
O mercado hoje reage ao downgrade da China pela Moody’s e a ata da última reunião do FOMC.
A abertura é volátil na Europa, flertando entre a estabilidade e o negativo e é positiva nos futuros das bolsas em NY, com o fechamento em alta na Ásia.
O dólar opera estável desde a abertura contra a maioria das divisas, enquanto o rendimento dos Treasuries registra queda em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, realização de lucros agora é generalizada, em especial o ouro, na expectativa pela ata do FOMC.
O petróleo opera em queda em todas as praças, ainda pela perspectiva de cortes de produção por parte da OPEP.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2702 / 0,11 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,036%
Dólar / Yen : ¥ 111,80 / 0,018%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,077%
Dólar Fut. (1 m) : 3273,46 / -0,53 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,61 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,89 % aa (-3,32%)
DI - Janeiro 21: 11,03 % aa (-4,50%)
DI - Janeiro 25: 11,63 % aa (-3,88%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,60% / 62.662 pontos
Dow Jones: 0,21% / 20.938 pontos
Nasdaq: 0,08% / 6.139 pontos
Nikkei: 0,66% / 19.743 pontos
Hang Seng: 0,10% / 25.429 pontos
ASX 200: 0,15% / 5.769 pontos
ABERTURA
DAX: -0,132% / 12642,42 pontos
CAC 40: -0,131% / 5341,18 pontos
FTSE: 0,248% / 7503,84 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 63010,00 pontos
S&P Fut.: 0,042% / 2399,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,144% / 5719,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,08% / 84,61 ptos
Petróleo WTI: 0,14% / $51,54
Petróleo Brent:0,39% / $54,36
Ouro: 0,09% / $1.252,31
Aço: -0,06% / $61,90
Soja: -0,66% / $17,99
Milho: -0,07% / $369,50
Café: -0,54% / $129,90
Açúcar: -0,95% / $15,73