O alívio dos eventos recentes em nível internacional se refletiram nos ativos locais na sessão de ontem, com fechamento da curva de juros, dólar em queda e bolsa de valores em alta.
Ainda assim, a atenção se voltou à decisão do COPOM em manter inalterado os juros em 6,5% aa e emitindo uma sinalização de movimento mais condicional do que antes.
Semelhante ao que citamos aqui recentemente, há um contexto de atividade econômica em gradual recuperação, inflação sensivelmente fraca e abertura expressiva do hiato do produto.
Neste caso, o corte de juros poderia ser a resposta mais crível.
Ao mesmo tempo, existe a possibilidade concreta de aprovação de uma série de reformas estruturantes, principalmente em termos fiscais, as quais tem um potencial de elevar os índices de confiança e alterar as perspectivas para a atividade econômica e crescimento do PIB, mantendo a retirada gradual a política estimulativa como a política monetária mais correta.
No fim, ao depender da política, podemos prever um cenário de praticamente estabilidade por parte do COPOM, pois os parâmetros imponderáveis que regem os próximos movimentos são grandes, inclusos aí os efeitos dos eventos internacionais mais recentes.
Em vista à novidade política, a retomada do aperto ainda é um cenário de maior probabilidade, de onde revemos nossa projeção de Selic de 8% para 7,5% em 2019, com início da retomada a partir do segundo trimestre, a depender do ritmo das reformas.
No cenário internacional, hoje o BCE não deve promover nenhuma alteração significativa em termos de juros, porém é importante observar a possível redução de mais alguns pontos do programa de alívio quantitativo promovido desde a crise de 2010/2011.
CENÁRIO POLÍTICO
Mourão e Heleno, os generais de Bolsonaro, apesar de algumas declarações polêmicas durante a campanha, se mostram com uma exemplar lucidez agora no pré-início do novo governo.
Quanto o caso da Alerj e Flavio Bolsonaro, Mourão foi enfático: não haverá nenhum tipo de cobertura.
Havendo o erro, a punição deverá também ocorrer.
Se for desta maneira, é o melhor sinal que Bolsonaro poderá emitir, pois contra a corrupção, cortaria na “própria carne”.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY abrem em alta, com a expectativa pela decisão de juros do BCE.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com o acordo da China com os EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com exceção da platina.
O petróleo abre em queda, com a produção anunciada da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 0,3%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8537 / -1,20 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,070%
Dólar / Yen : ¥ 113,47 / 0,159%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,253%
Dólar Fut. (1 m) : 3849,65 / -1,72 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,72 % aa (-0,30%)
DI - Janeiro 21: 7,75 % aa (-0,77%)
DI - Janeiro 25: 9,68 % aa (-1,53%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,65% / 86.977 pontos
Dow Jones: 0,64% / 24.527 pontos
Nasdaq: 0,95% / 7.098 pontos
Nikkei: 0,99% / 21.816 pontos
Hang Seng: 1,29% / 26.524 pontos
ASX 200: 0,14% / 5.662 pontos
ABERTURA
DAX: -0,279% / 10898,89 pontos
CAC 40: -0,257% / 4896,82 pontos
FTSE: -0,005% / 6879,86 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 87798,00 pontos
S&P Fut.: 0,275% / 2659,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,273% / 6787,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,05% / 82,18 ptos
Petróleo WTI: -0,18% / $51,06
Petróleo Brent:-0,10% / $60,09
Ouro: -0,07% / $1.244,79
Minério de Ferro: 0,12% / $66,82
Soja: 0,42% / $16,82
Milho: 0,07% / $376,50
Café: 0,10% / $97,75
Açúcar: -0,31% / $12,70