Não foi somente o que o mercado quer ouvir, mas no tom que o mercado quer ouvir.
Ao deixar de lado a coletiva de imprensa por motivos ainda não esclarecidos e dar uma entrevista focada ao meio, como a Bloomberg, o presidente Bolsonaro e Paulo Guedes não só reafirmaram pontos importantes a serem avançados, como elucidaram outros importantes.
O foco agora, além da reforma da previdência, totalmente imprescindível é a reforma tributária, com redução e simplificação dos tributos, compensados pela cobrança de impostos sob juro sobre capital próprio, o primeiro passo para a retirada da cobrança em escala estaria dado.
No mercado acionário, empresas como bancos, energia e alguns setores sofreriam em termos de resultados, todavia, o movimento é certamente mais importante do que o resultado de mercado de algumas empresas, basta se observar a reação positiva dos investidores.
A promessa de zerar o déficit fiscal é certamente muito ousada, porém só o fato de que haverá um esforço concentrado neste sentido já é de suma importância.
O tema vai desde as privatizações, até o corte de parte dos subsídios em voga hoje em dia.
Neste sentido, tendo o cenário inflacionário controlado, as expectativas em alta e o bônus de uma eleição recente, o novo governo abre espaço para que as projeções de PIB em 2019 estejam conservadoras.
Na agenda hoje, além, de alguns indicadores sem grande relevância, estão a decisão de juros na zona do Euro, onde Draghi já explicitou que não deve mexer na taxa e destacam-se os resultados de Intel (NASDAQ:INTC), Bristol-Myers Squibb, CostCo, StarBucks, Hyundai, American Airlines e JetBlue.
CENÁRIO POLÍTICO
Trump quer, Pelosi nega. O tradicional discurso de um presidente ao congresso americano, conhecido como State of the Union tem risco de não ocorrer na próxima terça-feira, caso o shutdown continue.
A presidente da câmara foi enfática que não convidará o presidente, um fato raro na história americana, principalmente após Trump divulgar uma agenda secreta da visita de Pelosi ao Afeganistão.
EUA continuam a ser grande fonte de volatilidade global.
Atenção.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, mesmo com incertezas com o crescimento global.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo o ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos na em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta, com destaque ao ouro.
O petróleo abre em alta, mesmo com aumento dos estoques globais.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 0,4%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7594 / -1,21 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,281%
Dólar / Yen : ¥ 109,74 / 0,128%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,161%
Dólar Fut. (1 m) : 3772,39 / -0,32 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,45 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,18 % aa (-0,69%)
DI - Janeiro 22: 7,84 % aa (-0,13%)
DI - Janeiro 25: 8,78 % aa (-0,90%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,53% / 96.558 pontos
Dow Jones: 0,70% / 24.576 pontos
Nasdaq: 0,08% / 7.026 pontos
Nikkei: -0,09% / 20.575 pontos
Hang Seng: 0,42% / 27.121 pontos
ASX 200: 0,38% / 5.866 pontos
ABERTURA
DAX: 0,580% / 11135,77 pontos
CAC 40: 0,671% / 4872,88 pontos
FTSE: -0,187% / 6830,05 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 96695,00 pontos
S&P Fut.: 0,254% / 2645,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,506% / 6699,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,06% / 80,22 ptos
Petróleo WTI: 0,38% / $52,82
Petróleo Brent:0,31% / $61,33
Ouro: -0,21% / $1.280,00
Minério de Ferro: 0,04% / $74,58
Soja: 0,24% / $16,55
Milho: 0,20% / $379,25
Café: 0,05% / $103,85
Açúcar: 0,08% / $13,05