CENÁRIO MACROECONÔMICO
Com projeções do comunicado mantidas, a ata da última reunião do COPOM reforçou itens já constantes nos comunicados do BC e nas premissas recentes dos relatórios.
A necessidade de reformas continua um ponto fulcral, principalmente em vista ao debate eleitoral, dada a proximidade das eleições majoritárias.
O temor é que um eventual próximo governo não foque em tais princípios, abrindo risco para uma nova escalada inflacionária.
O maior risco inerente aos mercados emergentes é citado como um foco de incerteza, assim como a guerra comercial e tais incertezas podem, caso necessário, suscitar uma flexibilidade gradual da política monetária.
Ao mesmo tempo, o COPOM deixa claro que isso demonstra a capacidade de resposta da autoridade em caso de piora do cenário, porém o foco real continua a ser o compromisso em manter a inflação dentro das metas determinadas pelo CMN.
Com projeções de inflação reduzidas e cenários de juros constantes, a resposta do BC com um aperto monetário deve realmente se dar num caso extremo, principalmente com o impacto cambial nas medidas de preços.
Ainda assim, este cenário parece não se mostrar como concreto no curto prazo, deixando apenas a sinalização de que o BC segue atento aos desenvolvimentos das questões locais e internacionais e pode, eventualmente, responder a quaisquer alterações abruptas do cenário geral.
CENÁRIO POLÍTICO
A reação à estagnação de Bolsonaro e ao crescimento de Haddad deve continuar a influenciar os mercados com a proximidade das eleições em outubro.
O temor dos investidores continua mais focado nas declarações de membros da equipe econômica do PT, que insistem que a fórmula adotada no governo Dilma não se esgotou e pode ser utilizada novamente.
O claro problema de tal premissa é a total ausência de recursos e a necessidade de reformas estruturantes, para dar um alívio de curto prazo ao país, na tentativa de se retomar a atividade econômica.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY operam em alta, apesar dos temores com a guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi misto, e cauteloso com a questão comercial ainda em voga.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vértices.
Entre as commodities metálicas, quedas, com destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, com a OPEP adiando ao anúncio de aumento de produção.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 2,7%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0905 / 0,99 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,289%
Dólar / Yen : ¥ 112,80 / 0,000%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,335%
Dólar Fut. (1 m) : 4094,48 / 1,25 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,69 % aa (0,33%)
DI - Janeiro 20: 8,44 % aa (0,60%)
DI - Janeiro 21: 9,65 % aa (0,42%)
DI - Janeiro 25: 11,87 % aa (0,59%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,84% / 77.984 pontos
Dow Jones: -0,68% / 26.562 pontos
Nasdaq: 0,08% / 7.993 pontos
Nikkei: 0,29% / 23.940 pontos
Hang Seng: -1,62% / 27.499 pontos
ASX 200: -0,02% / 6.186 pontos
ABERTURA
DAX: 0,218% / 12377,69 pontos
CAC 40: 0,203% / 5487,28 pontos
FTSE: 0,555% / 7499,82 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 78151,00 pontos
S&P Fut.: 0,229% / 2932,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,158% / 7598,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,09% / 84,87 ptos
Petróleo WTI: 0,43% / $72,39
Petróleo Brent:0,53% / $81,82
Ouro: 0,19% / $1.201,25
Minério de Ferro: -0,01% / $68,68
Soja: -0,82% / $15,75
Milho: -0,21% / $359,25
Café: -0,96% / $97,45
Açúcar: 0,29% / $10,44