A temporada de balanços corporativo ganha força nos EUA e já molda o humor dos investidores, com parte dos resultados superando as expectativas médias dos analistas e desenhando um cenário de crescimento modesto da atividade econômica e destacam-se os resultados de Johnson & Johnson (NYSE:JNJ), BofA, Citigroup, Netflix (NASDAQ:NFLX), IBM (NYSE:IBM), BlackRock, Moody's e Whirlpool.
Contrariando algumas premissas recentes de uma crise internacional de grandes proporções, a China divulgou dados oficiais do mercado imobiliário, com crescimento substancial da demanda por moradia e o preço de imóveis em cidades menores cresceu mais do que nas capitais.
Neste cenário, o Brasil tenta ganhar corpo e atração do investidor estrangeiro, pois apesar de uma série de indicadores positivos, ainda busca o prêmio de maior risco em mercados emergentes como o Brasil.
Entretanto, estamos perdendo espaço para países como Malásia, Coreia do Sul, China, Marrocos, Polônia a até Hungria na disputa pela atração do capital internacional.
Sem surpresas, o motivo ainda é a questão política e o avanço das reformas, em especial da previdência e a perspectiva de uma agenda liberal na economia, soltando as amarras do capital e reduzindo o risco regulatório e a incerteza jurídica que permeia o país.
Evento como o da Petrobras (SA:PETR4) na semana passada somente adicionam tensão e adiam cada vez mais o retorno maciço deste investidor, ávido aos retornos mais elevados, em meio a um contexto de taxas de juros nominais historicamente baixas mundo afora.
Admirável mundo novo.
CENÁRIO POLÍTICO
A expectativa dos investidores se volta à reunião de Guedes, do presidente da Petrobras Roberto Castello Branco e o presidente Bolsonaro e o que pode ser divulgado em relação ao aumento de preços do diesel por parte da Petrobras.
Com o evento, o governo já perde uma parcela significativa da sua articulação política, representada pelo adiamento da votação da PEC da reforma da previdência na CCJ, sendo suplantada e atrasada pela passagem do orçamento impositivo na inversão da pauta.
O PSL tem sido um atrasado monumental ao governo dado o amadorismo de seus membros e além de perder pontos importantes da articulação, ainda abre espaço para os ruralistas inserirem pontos com grande peso fiscal como o retorno do subsidio da energia elétrica ao agronegócio, com elevação da conta para os consumidores como um todo.
A pauta deste governo é sim positiva, mas o amadorismo ainda impera.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a temporada de balanços.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com dados chineses do mercado imobiliário.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque à prata.
O petróleo abre em queda, com possível aumento na oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 1,5%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8717 / -0,26 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,000%
Dólar / Iene: ¥ 111,92 / -0,107%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,069%
Dólar Fut. (1 m) : 3872,61 / -0,33 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,09 % aa (-0,70%)
DI - Janeiro 23: 8,22 % aa (-0,60%)
DI - Janeiro 25: 8,73 % aa (-0,91%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,22% / 93.083 pontos
Dow Jones: -0,10% / 26.385 pontos
Nasdaq: -0,10% / 7.976 pontos
Nikkei: 0,24% / 22.222 pontos
Hang Seng: 1,07% / 30.130 pontos
ASX 200: 0,42% / 6.277 pontos
ABERTURA
DAX: 0,704% / 12104,87 pontos
CAC 40: 0,076% / 5512,92 pontos
FTSE: 0,492% / 7473,47 pontos
Ibov. Fut.: 0,24% / 93144,00 pontos
S&P Fut.: 0,333% / 2919,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,379% / 7676,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,23% / 82,12 ptos
Petróleo WTI: 0,21% / $63,53
Petróleo Brent:0,13% / $71,27
Ouro: -0,31% / $1.283,95
Minério de Ferro: 0,19% / $93,97
Soja: 0,47% / $16,02
Milho: -0,34% / $361,50
Café: -0,88% / $90,60
Açúcar: -0,55% / $12,58