ÁSIA: A maioria das bolsas da Ásia declinou nesta quarta-feira, com investidores nervosos com aumento das tensões geopolíticas. Um diplomata norte coreano insinuou que Pyongyang estava se preparando para entregar "pacotes de presentes" para os EUA se este continuar pressionando e que outros testes de mísseis podem ser esperados após o último teste nuclear no domingo.
O presidente Donald Trump contribuiu para elevar as tensões geopolíticas quando twittou na terça-feira que iria permitir que o Japão e Coréia do Sul comprasse uma "quantidade substancial" de equipamentos militares dos EUA.
O dólar caiu abaixo de ¥ 109 pressionando o índice Nikkei do Japão a fechar em baixa de 0,14%, a 19.357,97 pontos, renovando uma nova mínima em quatro meses em meio à fraqueza nas ações de exportação e financeiro.
Do outro lado do estreito coreano, o Kospi da Coreia do Sul caiu pela quinta sessão consecutiva. O índice recuou 0,29% para fechar em 2.319,82 pontos. Destaque de baixa para siderúrgicas e montadoras: Kia Motors caiu 3,67%, Hyundai Steel caiu 2,63% e Posco perdeu 2,19%.
Abaixo, o S&P/ASX 200 da Austrália caiu 0,29% para terminar em 5.899,7 pontos, com o subíndice financeiro pesando sobre o mercado. Produtoras de ouro e "stocks" de energia tiveram ganhos moderados. O PIB no segundo trimestre da Austrália cresceu 1,8% em relação ao ano anterior, um pouco abaixo de uma pesquisa da Reuters, que previa um aumento de 1,9%. O dólar australiano caiu para US $ 0,7998.
O índice Hang Seng caiu 0,46%, em meio a uma queda de 1,4% do peso pesado HSBC e outros bancos chineses. O setor financeiro recuou nos EUA na terça-feira, em meio à duvidas sobre quando ocorrerão os aumentos de juros após o governador federal Lael Brainard dizer na terça-feira que o Federal Reserve tem que ser "cauteloso com a política de aperto", já que a inflação está abaixo do alvo do banco central, reforçando que a alta da taxa do Fed em dezembro dependerá das melhorias nos salários e inflação. A perspectiva da taxa dos EUA é importante para os bancos asiáticos, já que as margens também ficam sobre pressão. Os mercados do continente fecharam em alta. O Shanghai Composite avançou ligeiros 0,05% e o Shenzhen Composite ganhou 0,37%.
EUROPA: Os mercados europeus recuam na manhã desta quarta-feira, rastreando o fechamento em Wall Street, em meio a uma persistente tensão geopolítica. O índice Stoxx Europe 600 recua 0,38% após o índice amplo cair 0,1% na terça-feira e segue a caminho para a terceira queda consecutiva.
Destaque para ações de empresas de seguros, após o furacão Irma, descrito como uma tempestade de categoria 5 "potencialmente catastrófica", atingir o Caribe e seguir em direção às Ilhas Virgens, Porto Rico e Flórida, onde este último decretou estado de emergência. O Índice de Seguros do Stoxx Europe 600 recua 0,87%. A seguradora suíça Zurich Insurance Group cai 1,31% e Swiss Re cai 1,54%. AXA perde 1,48% e a Munique Reinsurance opera em baixa de 0,46%.
O setor de automóveis da Europa é o único ganhador na abertura do pregão após atualizações. Barclays (LON:BARC) elevou a classificação de ações da Fiat Chrysler para "overweight", ante "equalweight", enquanto Goldman Sachs atualizou sua classificação para a Daimler de "neutro" para "comprar". Ambas as empresas sobem em torno de 2%%.
No Reino Unido, o FTSE 100 cai, liderado por ações financeiras e industriais. Uma perda na quarta-feira seria a terceira consecutiva de Londres. O índice caiu 0,5% na terça-feira , prejudicado por preocupações geopolíticas e um salto na libra para uma máxima de três semanas acima de US $ 1,30. As mineradoras avançam em Londres. Anglo American (LON:AAL) sobe 0,1%, Antofagasta (LON:ANTO) adiciona 0,8%, enquanto as gigantes BHP Billiton e Rio Tinto (LON:RIO) adicionam 0,1% cada.
As encomendas nas fábricas da Alemanha caíram inesperadamente 0,7% em julho, ante as expectativas de aumento de 0,4%, mas o ministério de economia do país disse que o nível de "pedido total" permaneceu "muito alto".
Enquanto isso, os investidores continuam a olhar para a reunião de quinta-feira do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu, que deverá debater o momento do fim de seu programa de facilitação de política monetária.
EUA: As preocupações com a Coreia do Norte pressionam os futuros de ações dos EUA no início desta quarta-feira, assim como o furacão Irma, potencialmente catastrófico, que dirige para as costas americanas, afetando também o humor do investidor.
As bolsas dos EUA fecharam em baixa na terça-feira, com aumento das tensões geopolíticas depois que a Coreia do Norte disse que testou com sucesso sua maior bomba nuclear. O índice S&P 500 interrompeu um rali de alta de seis dias, fechando 0,8% menor, enquanto o DJIA terminou em queda de 1,1% e o Nasdaq Composite Index caiu 0,9%.
A aversão ao risco deve ser o tema da semana, já que o país isolado comemora o seu dia de fundação no sábado e analistas acreditam que a Coreia do Norte esteja preparando o lançamento de um novo míssil balístico intercontinental.
O furacão Irma segue em direção ao território dos EUA, potencialmente na Flórida, onde um estado de emergência foi declarado. Irma foi promovido a uma tempestade de categoria 5 na terça-feira. Na manhã de quarta-feira, atingiu o Caribe, com o olho passando por Barbuda.
Outra Tempestade Tropical, José, está se acumulando no Atlântico e pode se transformar em outro furacão. As ameaças climáticas ocorrem depois que o furacão Harvey causou inundações e devastações no Texas, forçando o fechamento das refinarias de petróleo.
Um relatório sobre o déficit do comércio exterior para julho está previsto para ser divulgado às 9h30, seguido do índice PMI de serviços da Markit para agosto às 10h45. O índice de fabricação da ISM deve ser lançado às 11h00, enquanto o livro bege do Federal Reserve sairá às 15h00.
Não há discursos de autoridades do Federal Reserve na agenda.
ÍNDICES FUTUROS - 7h25:
Dow: -0,28%
SP500: -0,32%
NASDAQ: -0,24%
OBSERVAÇÃO:
Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.