A notícia que abre a semana é a permissão do alto comissariado da União Europeia para que o Reino Unido possa unilateralmente terminar o Brexit, se assim desejar.
Conforme citamos em nosso artigo sobre o Brexit, havia uma série de impedimentos e formalidades para a conclusão do processo, que duraria mais de dois anos, como tem se mostrado correto.
Porém, as diversas indefinições e o grande número de percalços e problemas estão atrasando a conclusão e o arrependimento faz parte corrente da falta muitas vezes de vontade para o avanço.
Une-se ao evento todas as questões da guerra comercial entre China e EUA, que mostrou um aparente avanço, com a promessa de compra pela China de alguns produtos americanos como soja.
Ainda assim, os indicadores divulgados nesta madrugada mostram uma queda tanto nas importações, quanto exportações chinesas, puxando uma queda de commodities, num sinal de perda de ímpeto da atividade econômica.
Ainda que a trégua esteja vigente, a questão da prisão de Wanzhou Meng pouco ajuda ao processo, deixando as tensões ainda vigentes.
Para a semana, destacam-se vendas ao varejo no Brasil e nos EUA, inflações ao atacado de varejo e a decisão do COPOM, onde devem se manter os juros inalterados em 6,5% aa, ainda que as fortes deflações retirem parte do prêmio das curvas de juros.
A sinalização do COPOM deve se concentrar nas expectativas com a atividade econômica mais recente e na inflação em declínio em diversos indicadores.
CENÁRIO POLÍTICO
O fim da formação ministerial foi ofuscado pelas notícias recentes do COAF em relação a assessores de Bolsonaro e sua família.
Nomes importantes da equipe econômica como Paulo Uebel, Waldery Rodrigues, Esteves Colnago entre outros não receberão a devida atenção da imprensa.
Agora, os aliados de Renan estão com a faca nos dentes para cima de Flávio Bolsonaro, por sua oposição recente ao ex-presidente do senado e à sua candidatura.
A velha política certamente vai tentar capitalizar o evento, como sempre.
Que a “nova” não seja “antiga”.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com as questões comerciais.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, seguindo dados abaixo das expectativas do comércio chinês.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, com destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda, mesmo com anúncio de corte da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9065 / 0,61 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,220%
Dólar / Yen : ¥ 112,68 / -0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,165%
Dólar Fut. (1 m) : 3880,25 / -0,30 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,51 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,79 % aa (-1,31%)
DI - Janeiro 21: 7,82 % aa (-1,14%)
DI - Janeiro 25: 9,69 % aa (-0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,82% / 88.115 pontos
Dow Jones: -2,24% / 24.389 pontos
Nasdaq: -3,05% / 6.969 pontos
Nikkei: -2,12% / 21.220 pontos
Hang Seng: -1,19% / 25.752 pontos
ASX 200: -2,27% / 5.552 pontos
ABERTURA
DAX: -0,520% / 10731,97 pontos
CAC 40: -0,449% / 4791,51 pontos
FTSE: -0,368% / 6753,15 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 88103,00 pontos
S&P Fut.: -0,334% / 2627,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,340% / 6601,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,35% / 83,19 ptos
Petróleo WTI: -1,60% / $51,77
Petróleo Brent:-1,38% / $60,82
Ouro: -0,19% / $1.246,88
Minério de Ferro: 1,15% / $66,76
Soja: 0,66% / $16,75
Milho: -0,13% / $373,50
Café: -1,84% / $98,80
Açúcar: -0,54% / $12,80