O alívio do discurso de Ji Xiping sobre a economia e a possível guerra comercial já tem seus reflexos hoje, ao afastar o mau humor causado pela invasão do FBI ao escritório do advogado de Trump.
Localmente, o alívio pode vir do anúncio da Moody’s, ao melhorar a perspectiva da nota de crédito do país, apesar da questão política ainda em voga.
No âmbito inflacionário, a expectativa pelo IPCA é ainda de um índice ao varejo controlado, porém o canal de transmissão advindo do atacado para ter se descongestionado, como observado nos IGPs mais recentes.
Alguns índices tendem a demonstrar pressão menos intensa no atacado e maior no varejo.
Ainda assim, o movimento nem de longe é o suficiente para reverter a continuidade do corte de juros na próxima reunião do COPOM.
Nos EUA, a inflação ao atacado não emite ainda sinais de pressão suficientes para justificar movimentos adicionais de política monetária, mantendo o cenário de altas mais modestas.
CENÁRIO POLÍTICO
Os temores da releitura da questão de prisão em segunda instância, que favoreceria não somente o ex-presidente preso, como uma série de envolvidos na Lava Jato elevou em muito a cautela do mercado local na sessão de ontem.
No exterior, o dia parecia positivo, se não fosse a busca do FBI aos escritórios de Michael Coen, advogado de longa data de Trump, que reverteu o humor dos investidores, incrementando a volatilidade dos mercados.
Tudo isso somente no primeiro dia da semana, o qual foi aliviado pelo discurso do presidente chinês Xi Jiping, no qual foram indicados as perspectivas econômicas e um alívio em relação à guerra comercial com os EUA.
Neste contexto, adiciona-se a externalidade com a guerra na Síria e uma possível intervenção dos EUA, Rússia, Irã e Israel.
Volatilidade pouca é bobagem.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY sobem, após o discurso conciliador do presidente chinês Xi Jiping.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, acompanhando a questão chinesa, alívio por conta do cenário de ontem.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam em alta em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda é observada somente no ouro e prata, as defensivas, com alta principalmente no minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abre em alta em Londres e NY, com a melhora da tensão da questão comercial.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 5,4%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,4219 / 1,53 %
Euro / Dólar : US$ 1,23 / 0,032%
Dólar / Yen : ¥ 107,08 / 0,290%
Libra / Dólar : US$ 1,42 / 0,205%
Dólar Fut. (1 m) : 3401,86 / 0,56 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,28 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,10 % aa (0,28%)
DI - Janeiro 21: 8,13 % aa (0,49%)
DI - Janeiro 25: 9,70 % aa (0,31%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,78% / 83.307 pontos
Dow Jones: 0,19% / 23.979 pontos
Nasdaq: 0,51% / 6.950 pontos
Nikkei: 0,54% / 21.794 pontos
Hang Seng: 1,65% / 30.729 pontos
ASX 200: 0,83% / 5.857 pontos
ABERTURA
DAX: 1,115% / 12398,42 pontos
CAC 40: 0,693% / 5299,87 pontos
FTSE: 0,508% / 7231,31 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 83363,00 pontos
S&P Fut.: 1,111% / 2648,20 pontos
Nasdaq Fut.: 1,551% / 6597,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,20% / 88,27 ptos
Petróleo WTI: 1,31% / $64,25
Petróleo Brent:1,38% / $69,60
Ouro: -0,06% / $1.335,52
Minério de Ferro: 0,92% / $63,92
Soja: 0,93% / $19,01
Milho: -0,26% / $390,25
Café: -0,38% / $118,25
Açúcar: -1,29% / $12,15