Citamos ainda este ano o peso e a força do mercado de óleo e gás de xisto nos EUA e como isso poderia ser um divisor de águas no equilíbrio do poder no cenário internacional de petróleo.
Pois pela primeira vez, os EUA têm saldo positivo na produção de óleo, ou seja, produz mais do que consome em nível global e está fora da dependência da OPEP e de países como Arábia Saudita e Irã.
Esta alteração no equilíbrio de forças da commodity pode ser sentido fortemente na derrocada recente de preços e na falta de força de retomada, incluindo no contexto uma perspectiva de crescimento econômico mais modesto para o próximo biênio.
Para os EUA, é mais um ponto positivo na inflação de energia, com a redução expressiva de custos, mantendo os índices cheios de inflação com um ponto a menos de pressão nos curto e médio prazos.
Parte disto já poder ser observado no atacado, como o PPI a ser divulgado hoje, com perspectiva de estabilidade no índice cheio, em partes por conta do menor impacto do custo de energia.
Ao mesmo tempo, a confusão com a política monetária americana continua, pois sem o referencial de inflação para balizar as decisões de juros, o Fed continuará certamente a se basear na pressão por salários e na criação de postos de trabalho.
Somente uma indicação de menor ímpeto no setor dará o alívio necessário para que a autoridade monetária americana interrompa o ciclo de aperto monetário vigente.
CENÁRIO POLÍTICO
O problema com os depósitos e cheques relacionados a assessores da família Bolsonaro tiraram um pouco da arrogância com que os filhos do diplomado presidente estavam lidando com as forças de poder recentemente.
Um dos melhores resultados disso é o recuo na tentativa de assumir ou influenciar na disputa pelas presidências das casas.
Na câmara, a ascensão de Maia já era considerado um ativo positivo ao novo governo, apesar da oposição dos filhos de Bolsonaro e de parte do PSL.
Agora, com os desgastes de curto prazo, o experiente presidente da casa pode ser reconduzido e se tornar um aliado importante. Já no senado...
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a expectativa pelo PPI nos EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo o fechamento em recuperação no ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com exceção do minério de ferro.
O petróleo abre em queda, com a oferta americana acelerada.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 0,8%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,923 / 0,42 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,264%
Dólar / Yen : ¥ 113,08 / -0,221%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / 0,494%
Dólar Fut. (1 m) : 3928,73 / 1,25 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,50 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,76 % aa (-0,44%)
DI - Janeiro 21: 7,82 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 9,82 % aa (1,34%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,50% / 85.915 pontos
Dow Jones: 0,14% / 24.423 pontos
Nasdaq: 0,74% / 7.021 pontos
Nikkei: -0,34% / 21.148 pontos
Hang Seng: 0,07% / 25.772 pontos
ASX 200: 0,42% / 5.576 pontos
ABERTURA
DAX: 1,379% / 10768,56 pontos
CAC 40: 1,465% / 4811,86 pontos
FTSE: 0,578% / 6760,42 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 85990,00 pontos
S&P Fut.: 0,182% / 2647,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,496% / 6732,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,00% / 82,81 ptos
Petróleo WTI: 0,39% / $51,20
Petróleo Brent:0,00% / $59,97
Ouro: 0,35% / $1.248,85
Minério de Ferro: -0,37% / $66,51
Soja: -0,84% / $16,61
Milho: 0,13% / $374,75
Café: 1,67% / $100,45
Açúcar: -0,16% / $12,73