Um sentimento de menor tensão tem pairado no ambiente de negócios, com avanços na questão China x EUA e na ausência de novos problemas políticos no Brasil, tudo isso ao menos no curto prazo.
Com isso, a presença do ministro Paulo Guedes na CCJ hoje, com relator escolhido, pode transcorrer sem maiores percalços, ainda que se esperem alguns ataques tanto ao projeto, quanto ao ministro.
Ainda assim, a leitura hoje pela manhã tende a focar no ADP Employment, criação de postos de trabalho no setor privado americano e à uma série de indicadores PMI e ISM de atividade econômica, com importância renovada em meio a sinais de crescimento econômico mais modesto nos países centrais.
É importante ressaltar que, para alguns países, a perspectiva de crescimento mais modesto ou mesmo recessão ainda está nas projeções econômicas, todavia, países como a Alemanha já demonstram maior preocupação, pois os reflexos são diretos no PIB, como no último trimestre na maior economia europeia.
De acordo com um relatório do Saxo Bank, uma recessão alemã pode até ser positiva ao país, dada a forte austeridade em que se inseriu nos últimos anos, em especial com a cobrança feita às nações sul europeias devido aos problemas ocorridos após a crise de 2008.
Ou seja, a Alemanha ‘economizou’ durante a crise, cobrou a mesma economia de países fiscalmente menos responsáveis, mas agora deve usar tal ‘poupança’ para amenizar os efeitos de uma possível recessão.
É cedo para dizer se isso será uma tendência, principalmente pela possibilidade do fim da guerra comercial, que pode servir de estímulo em nível global.
A se ver.
CENÁRIO POLÍTICO
A crítica de Maia ao processo de capitalização nem de longe chega a ser um problema para a aprovação da reforma da previdência, mas sim um fator positivo, nos pontos a serem levantados junto às casas e a equipe econômica.
Tanto é que a crítica sequer ecoou entre os investidores como algo relevante.
Desta maneira, as possíveis ‘gorduras’, ou melhor, alterações no texto começam a ser discutidas e se possível, em um nível maior do que o observado nas semanas anteriores.
A melhor estabilidade congressual dos últimos dias tem levado inclusive à discussão da importantíssima reforma tributária, se dividindo entre propostas positivas como a de Bernardo Appy, Luiz Hauly e Marcos Cintra, ou seja, elevamos o nível da conversa em pouco tempo.
Ainda assim, o tweet de Flávio Bolsonaro ontem é a prova que tal estabilidade, ainda que possível, é frágil. O senador do PSL e filho do presidente respondeu com uma retórica belicista a crítica o grupo palestino Hamas - organização classificada como terrorista pelos EUA e Israel - à visita de Jair Bolsonaro a Israel. Com a repercussão negativa, apagou o tweet.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com possível resolução do caso China x EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, em reação à questão comercial.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao min. de ferro.
O petróleo abre em alta, com a redução de temores recessivos.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 2%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8555 / 0,13 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,357%
Dólar / Yen : ¥ 111,50 / 0,162%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,335%
Dólar Fut. (1 m) : 3863,22 / -0,42 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,49 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,02 % aa (-0,43%)
DI - Janeiro 23: 8,12 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 25: 8,66 % aa (0,12%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,70% / 95.387 pontos
Dow Jones: -0,30% / 26.179 pontos
Nasdaq: 0,25% / 7.849 pontos
Nikkei: 0,97% / 21.713 pontos
Hang Seng: 1,22% / 29.986 pontos
ASX 200: 0,68% / 6.285 pontos
ABERTURA
DAX: 1,146% / 11889,55 pontos
CAC 40: 0,550% / 5453,29 pontos
FTSE: -0,002% / 7391,00 pontos
Ibov. Fut.: -0,67% / 95524,00 pontos
S&P Fut.: 0,453% / 2880,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,539% / 7559,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,38% / 82,20 ptos
Petróleo WTI: 0,16% / $62,68
Petróleo Brent:0,45% / $69,68
Ouro: 0,09% / $1.293,65
Minério de Ferro: 2,26% / $89,50
Soja: 0,63% / $16,05
Milho: 0,62% / $363,75
Café: 0,65% / $92,80
Açúcar: 0,00% / $12,66