O crescimento americano sem inflação continua a ser o maior desafio da condução da política monetária americana, desde os eventos de 2008.
Taxas baixas de desemprego, alta nos salários e na qualidade das vagas, crescimento da atividade econômica, tudo isso permeado por projeções de inflação que não consegue se alterar no longo prazo.
Eventos fiscais e a guerra comercial poderiam ser citados como de potencial inflacionário, porém, os impactos não podem ainda ser medidos no curto prazo, daí a postura de normalização das taxas por parte do Federal Reserve.
Localmente, a inflação se mantem benéfica, principalmente após os eventos que causaram choques de oferta em maio.
O IGP-M hoje apresentou resultado superior ao anterior, porém como consequência do impacto tanto do câmbio, quanto do clima nas matérias primas, que levaram a uma alta consistente do IPA (de 0,5% para 1%)
Ainda assim, a dificuldade de repasse de preços em vista à atividade econômica carecendo de maior força evita que o varejo sofre com tais altas, daí a situação de controle dos preços no Brasil.
Por enquanto, tanto pela questão monetária, quanto política, o Banco Central não tem razoes para elevar os juros neste ano, principalmente pelos efeitos defasados das decisões de política monetária.
Todavia, a atuação com uso de reservas para conter a alta do dólar acende uma luz amarela nos possíveis impactos na desvalorização do Real nos índices inflacionários.
CENÁRIO POLÍTICO
Alckmin no Jornal Nacional não foi o seu melhor momento, principalmente por gastar tempo precioso se defendendo de acusações de corrupção e de suas coligações.
Apesar de experiente, o ex-governador ‘caiu’ nas armadilhas dos entrevistadores e teve dificuldade em dali sair, usando como alvo natural Bolsonaro, o qual se mostrou melhor na entrevista, ainda que com conteúdo muito inferior.
Ainda nas eleições, o TSE se reúne na sexta-feira em sessão extraordinária para julgar a aparição de lula nas peças de campanha, no que pode ser mais um revés para o PT.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY operam em queda, com as conversações sobre a guerra comercial EUA-Canadá.
Na Ásia, o fechamento foi misto na sua maioria, após o anúncio da revisão do NAFTA.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, quedas, com exceção ao paládio.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, com queda nos estoques da commodity.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 0,1%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1063 / -0,76 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,162%
Dólar / Yen : ¥ 111,49 / -0,170%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,123%
Dólar Fut. (1 m) : 4128,25 / -0,20 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,74 % aa (-0,64%)
DI - Janeiro 20: 8,45 % aa (-0,47%)
DI - Janeiro 21: 9,59 % aa (-0,72%)
DI - Janeiro 25: 12,01 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,18% / 78.389 pontos
Dow Jones: 0,23% / 26.125 pontos
Nasdaq: 0,99% / 8.110 pontos
Nikkei: 0,09% / 22.870 pontos
Hang Seng: -0,89% / 28.164 pontos
ASX 200: -0,01% / 6.352 pontos
ABERTURA
DAX: -0,453% / 12504,72 pontos
CAC 40: -0,277% / 5486,09 pontos
FTSE: -0,623% / 7516,06 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 78969,00 pontos
S&P Fut.: -0,230% / 2908,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,202% / 7653,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,23% / 83,94 ptos
Petróleo WTI: 0,55% / $69,89
Petróleo Brent:0,69% / $77,67
Ouro: -0,20% / $1.204,16
Minério de Ferro: -0,10% / $67,28
Soja: 0,19% / $15,63
Milho: 0,59% / $343,50
Café: -0,60% / $98,65
Açúcar: 0,58% / $10,45