O Brasil passa longe da tendência internacional de melhora dos ativos, numa conjunção de fatores que une perspectivas eleitorais ruins para o centro, indicação de limite da atuação fiscal do governo e derrotas na privatização.
Neste contexto, os ativos perdem parâmetro e o racional do mercado se esvai, com indicações, por exemplo, de alta de juros na próxima reunião do COPOM, o que não deve ocorrer, principalmente pela contaminação de preços pelo choque de oferta da greve dos caminhoneiros.
O cenário de dois candidatos não compromissados com a questão fiscal no segundo turno reflete mais os temores dos juros futuros e câmbio, do que a economia.
Assim, a questão política tende cada vez mais a ganhar espaço no mercado, principalmente com a proximidade da definição dos candidatos e das possíveis alianças, principalmente dos grupos de centro e esquerda.
CENÁRIO POLÍTICO
O contexto eleitoral divulgado na última pesquisa, onde uma série de candidatos de diversas vertentes se ‘embolam’ num virtual terceiro lugar, enquanto Bolsonaro e Ciro se firmam a um segundo turno, com ampliação da vantagem da direita mexe muito com a visão dos investidores.
O histórico de Bolsonaro dificulta em muito a visão de que ele deve adotar uma postura liberal, tão somente por conta do convite a Paulo Guedes para conduzir a política econômica.
A visão corrente é de que o candidato tem um viés estatizante mais próximo da esquerda do que da direita, ranço do posicionamento dos militares durante o regime de 64 a 85.
Ciro, ao menos, tem posição notória e Mauro Benevidez já soltou pérolas como o fim da “pejotização” por decreto, além do posicionamento dito desenvolvimentista, que pressupõe aumento de impostos.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY sobem, após o mais um fechamento recorde do Nasdaq.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo o ânimo do ocidente.
O dólar opera em franca queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, somente ouro cai.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, com o aumento suplementar da produção americana.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 2,5%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8094 / 1,67 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,427%
Dólar / Yen : ¥ 110,19 / 0,364%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / 0,172%
Dólar Fut. (1 m) : 3806,41 / 1,61 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,42 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,89 % aa (3,54%)
DI - Janeiro 21: 9,05 % aa (3,31%)
DI - Janeiro 25: 11,80 % aa (3,96%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,49% / 76.642 pontos
Dow Jones: -0,06% / 24.800 pontos
Nasdaq: 0,41% / 7.638 pontos
Nikkei: 0,38% / 22.626 pontos
Hang Seng: 0,53% / 31.259 pontos
ASX 200: 0,50% / 6.025 pontos
ABERTURA
DAX: 0,394% / 12837,52 pontos
CAC 40: 0,008% / 5461,41 pontos
FTSE: 0,451% / 7721,45 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 76617,00 pontos
S&P Fut.: 0,196% / 2757,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,118% / 7187,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,12% / 89,81 ptos
Petróleo WTI: -0,61% / $65,12
Petróleo Brent:-0,01% / $75,37
Ouro: -0,09% / $1.295,29
Minério de Ferro: 0,34% / $64,78
Soja: 0,05% / $18,45
Milho: 0,33% / $385,00
Café: 0,00% / $119,45
Açúcar: 0,92% / $12,13