ÁSIA: Os mercados asiáticos perderam terreno nesta sexta-feira seguindo o recuo em Wall Street, com o aumento das taxas de juros pelo Fed no final deste mês já precificado pelos mercados. Comentários de várias autoridades do Fed nas últimas semanas, notadamente, Yellen, o vice-presidente Fischer, Evans, Lacker e Powell, impulsionaram a probabilidade de alta das taxas de juros em março.
No Japão, o Nikkei fechou em baixa de 0,49%, em 19.469,17 pontos, pesada por ações do setor bancário, com investidores realizando lucro após subirem recentemente. Exportadores fecharam sem direção, com alguns perdendo terreno com a força do iene contra o dólar. A moeda japonesa foi negociado a 114.13 frente ao dólar, mas ainda relativamente mais fraca em relação aos 111,60 do início desta semana.
Do outro lado do Estreito coreano, o Kospi caiu 1,14%, provavelmente em meio as tensões entre a China e a Coreia do Sul. A Reuters informou que um ataque cibernético usando um protocolo de internet chinês derrubou o site da Lotte Duty Free. Agências de notícias locais também disseram que a China ordenou que os operadores turísticos deixem de vender pacotes de viagens à Coreia do Sul. As ações da Hyundai Motor caíram 4,38%.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,74% e no continente chinês, o composto de Xangai caiu 0,34%. O yuan onshore foi negociado mais fraco em relação ao dólar em 6.8976, enquanto o offshore buscou 6.8932. O Banco Popular da China fixou o ponto médio do yuan em 6.8896 para o dólar na sexta-feira. Estrategistas da área atribuem a fraqueza do yuan à força do dólar depois que a moeda chinesa não se moveu tanto quanto outras moedas em relação ao dólar no início da semana, com a oferta e demanda de mercado equilibradas e que se não houver nenhum movimento brusco ou desordenado, é esperado que o yuan continue a enfraquecer ainda mais.
O índice do dólar caiu para 102,03, ante máxima anterior de 102,17. O índice atingiu 101,00 no início da semana, em função das expectativas crescentes do Fed aumentar as taxas de juros em março. O último a indicar uma alta da taxa em março foi Jerome Powell, que em entrevista indicou que as condições relacionadas à inflação e ao emprego estão próximas da meta do Fed e que um aumento merece consideração.
Na Austrália, o ASX 200 caiu 0,81%, com a maioria dos setores em baixa. O setor financeiro pesadamente ponderado fechou em queda de 0,71%, com os bancos principais perdendo terreno. O dólar mais forte empurrou os preços do ouro para baixo e as produtoras de ouro australianas declinaram acentuadamente nesta sexta-feira. Newcrest caiu 2,99%, Evolution Mining despencou 5,09% e Alacer Gold recuou 5,15%. As grandes mineradoras também seguiram a queda na mesma proporção. BHP Billiton caiu 1,5%, Rio Tinto (LON:RIO) recuou 3,9% e Fortescue despencou 5,1%.
O petróleo subiu no meio-dia de sexta-feira com o dólar recuando ligeiramente.
EUROPA: Bolsas europeias operam em queda nesta sexta-feira, com investidores cautelosos a espera do discurso da Presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, que pode dizer sobre um possível aumento da taxa de juros. A probabilidade de um aumento da taxa em março já atingiu 77,5%, acima dos 30% na semana passada, de acordo com dados do CME Group.
O Stoxx Europe 600 cai 0,3% para 374,43, mas o índice ainda está a caminho de fechar a semana com uma alta de 1,2%, durante o qual registrou seu maior fechamento desde o início de dezembro após o Dow Jones Industrial Average atingir os 21 mil pontos pela primeira vez, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, reiterou sua promessa de mais gastos fiscais e cortes de impostos perante o congresso americano.
O Banco Central Europeu divulgará sua próxima atualização na quinta-feira e os investidores vão estar atentos para ver o que as autoridades políticas podem dizer sobre a alta da inflação na zona euro, que esta semana atingiu 2%, acima da meta do banco.
No Reino Unido, o FTSE 100 cai em uma semana de negociações com recordes. O índice de Londres recuou 0,1% na quinta-feira, mas segue em curso para uma alta semanal de 1,6%. As ações não encontram alívio com a queda da libra, que caiu depois que dados do setor de serviços mostrou uma maior fraqueza do que o esperado, apontando uma perspectiva de desaceleração do crescimento econômico britânico. O IHS Markit / CIPS disse que seu PMI de serviço ficou em 53,3, abaixo da expectativa de 54,5 da FactSet, com entrevistados apontando para gastos mais cautelosos entre os consumidores. A leitura da atividade de serviços do Reino Unido em fevereiro caiu para uma baixa de 5 meses.
Entre as mineradoras listadas em Londres, Anglo American (LON:AAL) cai 0,7%, Antofagasta (LON:ANTO) recua 0,5%, Rio Tinto perde 1,5%. BHP Billiton ensaia uma reação com ligeira alta de 0,1%.
AGENDA DO INVESTIDOR EUA:
11h45 - Final Services PMI (número final da pesquisa referente ao nível de atividade no setor de serviços nos Estados Unidos);
12h00 - ISM Non-Manufacturing PMI (índice baseado em pesquisas com 400 empresas não industriais, em 60 setores em todo o país);
12h15 - Discurso do membro do FOMC e Presidente do Federal Bank de Chicago, Charles Evans;
14h15 - Discurso do membro do FOMC Jerome Powell;
15h00 - Discurso da Chairwoman do Fed Janet Yellen;
ÍNDICES FUTUROS - 8h20:
Dow: -0,01%
SP500: -0,10%
NASDAQ: -0,13%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.