EUA sinalizam publicação de documento da Seção 301 sobre Brasil no diário oficial desta sexta
As certezas estão ainda na incerteza. Os ambientes que embasaram os cortes recentes de juros, além da queda da inflação e atividade econômica falharam em responder conforme o Banco Central e boa parte do mercado preconizaram.
O contexto internacional continua cada vez mais desafiador, com a China agora endurecendo a postura na guerra comercial com os EUA e deixando de lado a discussão de diversas demandas americanas no tema.
Sabendo que a questão tanto de tarifações, quanto de propriedade intelectual dominarão o tema, a China aproveita para deixar de lado discussões de peso que os afetam como a questão de subsídios e da reforma de políticas industriais.
Um movimento clássico de Xiangqi, com a perda de peças importantes, para desfocar a atenção do oponente, neste caso Trump, que está fortemente preocupado com a questão de seu crescente impeachment na câmara dos deputados.
Esta também é uma resposta às notícias de que Trump estaria deliberando maneiras de limitar o fluxo de portfólio de investidores americanos na China, o que incluiria o fechamento de capital de empresas chinesas nas bolsas de valores dos EUA.
Este é um ponto importante a se colocar em pauta, pois neste momento, a possibilidade de recessão nos EUA está posta tão somente se a guerra comercial não obtiver uma solução crível no curto prazo.
Caso contrário, indicadores como o Payroll e ADP de semana passada, ainda que tenham sugerido uma desaceleração devido aos resultados abaixo das expectativas, na verdade desenham um cenário de forte pelo emprego, com a taxa aos 3,5% e melhor, sem impacto nos salários (em resumo, inflação), com estabilidade no custo por hora trabalhada.
Localmente, a desidratação da reforma da previdência é resposta aos eventos políticos mais recentes e uma reação da “velha política” ao novo contexto colocado pelo governo federal.
O presidente tem “telhado de vidro” com a situação de seu filho Flávio e acaba por se utilizar de práticas para preserva-lo muito semelhantes à de seus oponentes, expondo o governo aos ataques da velha guarda.
Com isso, ainda que no prazo determinado, a reforma da previdência vai perdendo potência e aparentemente, um aceno ao fisiologismo, neste caso com a cessão onerosa é o que trará a mesma à força anterior.
A piora do sinal vem também da necessidade da reforma tributária, a qual deve gerar discussões mais acaloradas que da previdência.
Este é o cenário de céu de brigadeiro que deflagrou o corte de juros no Brasil. Repleto de incertezas e sem um rumo concreto de médio prazo.
A semana tem agenda com foco em inflações, em especial o IPCA, CPI e PPI nos EUA, além da ata da última reunião do FOMC.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em queda, com os temores da guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi misto, no aguardo do movimento chinês nas conversações com os EUA.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque à prata.
O petróleo abre em alta, ainda que o cenário esteja incerto no crescimento global.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 7,16%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0568 / -0,62 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,064%
Dólar / Yen : ¥ 106,85 / 0,112%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,227%
Dólar Fut. (1 m) : 4070,77 / -0,49 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,72 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,86 % aa (-0,41%)
DI - Janeiro 23: 5,97 % aa (-0,17%)
DI - Janeiro 25: 6,58 % aa (-0,45%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,0198% / 102.551 pontos
Dow Jones: 1,4224% / 26.574 pontos
Nasdaq: 1,4000% / 7.982 pontos
Nikkei: -0,16% / 21.375 pontos
Hang Seng: -1,11% / 25.821 pontos
ASX 200: 0,71% / 6.564 pontos
ABERTURA
DAX: 0,256% / 12043,50 pontos
CAC 40: 0,177% / 5498,05 pontos
FTSE: 0,084% / 7161,38 pontos
Ibov. Fut.: 1,14% / 102613,00 pontos
S&P Fut.: -0,529% / 2941,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,509% / 7739,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,12% / 77,84 ptos
Petróleo WTI: 0,40% / $53,10
Petróleo Brent:0,33% / $58,56
Ouro: -0,13% / $1.501,43
Minério de Ferro: -0,09% / $92,18
Soja: 0,39% / $15,64
Milho: 0,19% / $385,50
Café: 0,05% / $98,90
Açúcar: -0,94% / $12,63