ÁSIA: A maioria dos principais mercados asiáticos ficou sob pressão nesta quinta-feira, com o aumento do número de novas vítimas de coronavírus na China.
A província chinesa de Hubei relatou quase 15.000 novos casos de coronavírus nesta quinta-feira, devido a mudança na metodologia de diagnóstico, alegando que começou a incluir casos “diagnosticados clinicamente” em sua contagem. As autoridades chinesas disseram que a mudança foi feita para que mais pacientes pudessem receber tratamento, mas os novos números geraram mais incerteza quanto à gravidade do surto e à capacidade da China de contê-lo.
Na China continental, as bolsas reverteram os ganhos iniciais e encerraram o pregão em queda. O composto de Xangai recuou 0,71%, enquanto o composto de Shenzhen recuou 0,77%. O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,34%.
No Japão, o Nikkei caiu 0,14%, enquanto o índice Topix encerrou o pregão em baixa 0,34%. As ações do conglomerado Softbank Group caíram 5,09% após a disparada de quarta-feira.
Enquanto isso, a Kospi da Coreia do Sul caiu 0,24%, com as ações da montadora Hyundai Motor recuando 2,21%.
Na Austrália, o ASX 200 subiu 0,21%, para 7.103,20 pontos.
No geral, o índice MSCI Asia ex-Japan fechou em baixa de 0,17%.
O sentimento do mercado havia sido positivo no início da semana, pois os dados mostravam uma desaceleração aparente no ritmo de novos casos relatados, com a China anunciando uma série de medidas para combater a desaceleração econômica esperada pelo surto do vírus COVID-19.
EUROPA: Os mercados europeus abriram em baixa na manhã de quinta-feira, enquanto a epidemia de coronavírus continua sendo o foco principal dos investidores.
Após subir por 3 dias consecutivas, o pan-europeu Stoxx 600 cai 1,2%, com todos os setores em território negativo. Ações ligados à recursos básicos e de alimentos e bebidas expostos à China lideram a perdas.
Entre as empresas listadas em Londres, Anglo American (LON:AAL) cai 1,4%, Antofagasta (LON:ANTO) cai 2,1%, BHP recua 1,1% e Rio Tinto (LON:RIO) perde 1,4%.
Entre os dados econômicos divulgados, os preços ao consumidor alemães caíram 0,6% em janeiro ante dezembro e aumentou 1,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, ambos os números em linha com as previsões, devido principalmente à queda sazonal nos preços dos pacotes de férias, informou a agência de estatísticas alemã Destatis.
O índice de inflação da União Europeia contraiu 0,8% em relação a dezembro e subiu 1,6% em relação ao ano anterior. Esses números também estavam alinhados com as previsões.
Entre outras notícias, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson deve reformular seu governo na quinta-feira, quando o Reino Unido prepara um futuro para si mesmo fora da União Europeia.
O ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, estimou o impacto de 1 ponto percentual na economia global este ano. A Agência Internacional de Energia reduziu suas perspectivas de crescimento pela demanda de petróleo para o menor patamar desde 2011.
As preocupações com o coronavírus também cancelaram o Mobile World Congress em Barcelona, a maior feira do mundo para o setor de telefonia móvel, que poderia ter atraído 100.000 para a cidade espanhola.
EUA: Os futuros do índice de ações dos EUA estão apontando para uma abertura menor em Wall Street na quinta-feira, com os investidores continuando a se preocupar com a disseminação do coronavírus e a antecipar uma série de balanços corporativos.
Os investidores continuam monitorando as notícias sobre o surto de coronavírus. A Comissão Nacional de Saúde da China adiou a contagem diária de novos casos do vírus e o número de mortos pelo segundo dia consecutivo. Os números publicados na quarta-feira mostram que o número de mortos em todo o país no país devido ao surto de coronavírus chegou a 1.100 na noite de terça-feira.
A província chinesa de Hubei registrou 242 mortes e 14.840 novos casos a partir de 12 de fevereiro, depois de mudar seu método de notificação de casos. A província disse que está começando a incluir casos “diagnosticados clinicamente” em seus números e que 13.332 dos novos casos se enquadram nessa classificação.
Na quarta-feira, as ações dos EUA terminaram em alta, com os três principais índices renovando suas máximas históricas. O Dow Jones subiu 0,94%, terminando em 29.551,42 pontos , o sétimo recorde em 2020, enquanto o S&P 500 avançou 0,65%, terminando em 3.379,45 pontos. O Nasdaq Composite Index avançou 0,90% e terminou em 9.725,96 pontos.
Entre as empresas que divulgam seus números, Airbus, Kraft Heinz, Alibaba, Credit Suisse, Barclays (LON:BARC), Nestlé e PepsiCo, liberam seus balanços antes do sino de abertura. Entre as empresas que reportam após o sino de fechamento incluem Nvidia, Expedia e Datadog.
Os discursos do presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan e do presidente do Fed de Nova York, John Williams, sobre as perspectivas econômicas e a política monetária também serão de interesse dos investidores.
ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: -0,78%
SP500: -0,80%
NASDAQ: -1,01%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.