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Copom, Reaberturas e Atividade

Publicado 17.06.2020, 08:05
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Após a decisão do Fed e dos investimentos em infraestrutura prometidos por Trump, os mercados mantem outro dia baseado em perspectivas um pouco mais sólidas do que somente a retomada da atividade econômica em países em que a taxa de infecção do vírus se tornou suficientemente baixa.

O temor presente de uma segunda onda, ao mesmo tempo que real, é colocada à prova por números, como na apresentação do governador de Nova York, Andrew Cuomo, onde cita que a taxa de novas infecções na faixa de 1% a 2% de aumento diários é muito baixa e dentro das estatísticas.

O estado americano está com números de novos infectados abaixo de 1.000 casos diários desde o dia 6 de junho e ainda que um leve repique tenha ocorrido a partir do dia 10, a média voltou a se reduzir e o número de óbitos diários continua a cair.

Este é um movimento estatístico semelhante ao que tem ocorrido em outras localidades e somente os locais onde o uso de máscaras foi relaxado por iniciativa individual das pessoas e restaurantes e bares abriram, demonstraram um crescimento real de casos e óbitos.

Em resumo, as reaberturas continuam possíveis, com as devidas medidas cautelosas, pois o número de assintomáticos é grande.

Na China, o caso foi mais complicado por atingir um grande centro comercial da cidade, onde se negociam alimentos in natura.

Repentino, após supostamente passar pelo pior da crise, o novo cluster viral em Pequim é um dos desafios para o crescimento da China.

A tendência é de redução do ímpeto da retomada da atividade econômica em diversas cidades chinesas, as quais mostravam desempenho invejável até agora, porém o impacto no sentimento dos consumidores pode ser grande.

Localmente, a decisão do COPOM hoje tem desafios mais à frente do que na decisão atual.

Com consenso de corte de 75 bp, onde absolutamente nenhuma surpresa pode ser descartada, em especial devido à decisão anterior, o COPOM deve lidar tanto com indicadores muito ruins de atividade econômica, em especial em serviços e no varejo, mas com os desafios dos impactos do câmbio na economia.

Os mais recentes indicadores de preços perderam o ritmo desinflacionário, em especial ao atacado, os quais ainda refletem um dólar forte acima de R$ 5 e pressões de oferta devido às quarentenas.

Não há nem de longe uma ameaça às metas inflacionárias, porém o desafio para os próximos corte e eficiência do afrouxamento é grande, pois a eficácia da atual política monetária é colocada em xeque no momento em que a cessão de crédito se torna cada vez mais conservadora por parte dos bancos, inclusive de linhas com enorme garantias do governo.

Portanto, o fim do ciclo de afrouxamento por estar em adicionais 25 a 75 bp, a depender do quão estimulativa está realmente a taxa.

Caso contrário, a "dobradinha" de bolsa em alta com dólar em alta pode ser retomada e daí, a ameaça à inflação começa a ganhar corpo, com o inevitável repasse.

"Tem passthough"

ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com o plano do Fed.

Em Ásia-Pacífico, positivo, exceto ao Nikkei seguindo o rali nas bolsas internacionais.

O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, quedas no geral, exceção ao cobre e prata.

O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York, com temores do impacto da segunda onda da atividade econômica.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,53%.

CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,242 / 1,66 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,222%
Dólar / Yen : ¥ 107,36 / 0,075%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,278%
Dólar Fut. (1 m) : 5203,93 / 1,38 %

JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,08 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,19 % aa (0,96%)
DI - Janeiro 25: 5,77 % aa (1,05%)
DI - Janeiro 27: 6,74 % aa (1,51%)

BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,2511% / 93.531 pontos
Dow Jones: 2,0449% / 26.290 pontos
Nasdaq: 1,7463% / 9.896 pontos

Nikkei: -0,56% / 22.456 pontos
Hang Seng: 0,56% / 24.481 pontos
ASX 200: 0,83% / 5.992 pontos

ABERTURA
DAX: -0,098% / 12303,65 pontos
CAC 40: 0,136% / 4959,17 pontos
FTSE: 0,345% / 6264,34 pontos

Ibov. Fut.: 1,14% / 93522,00 pontos
S&P Fut.: 1,813% / 3128,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,396% / 10000,50 pontos

COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,42% / 63,67 ptos
Petróleo WTI: -0,44% / $37,82
Petróleo Brent: -0,37% / $40,68

Ouro: -0,58% / $1.713,81
Minério de Ferro: 0,38% / $103,46

Soja: 0,00% / $865,75
Milho: -0,61% / $327,00 $327,00
Café: 0,27% / $93,80
Açúcar: -1,89% / $11,95

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