A ata da última reunião do FOMC não trouxe novidades substanciais em termos de cenário, porém cita a divisão do comitê quanto ao rumo da inflação na discussão do quanto pode haver de inflação influenciada por fatores globais e questões tecnológicas.
Ainda assim, diferente dos discursos mais recentes de autoridades do Fed, a ata foi mais breve ao citar o COVID-19 e os possíveis efeitos econômicos globais da paralisação na China, reforçando as dúvidas sobre as implicações do recente acordo comercial, considerando que diversas tarifas continuam em voga.
Por fim, a ata mostra um conforto da autoridade com o rumo da inflação, baseado na perspectiva atual da atividade econômica, mesmo com o evento disruptivo na China.
Os sinais ainda fracos emitidos pelo governo chinês estão sendo considerados positivos pelos mercados, ao ponto de observarmos a recuperação dos ativos como vista ontem e tudo dependerá do ritmo de retomada da atividade econômica de modo a reduzir as inevitáveis consequências do período pós-feriado de ano novo.
O Banco Popular da China decidiu reduzir em 10 bp a taxa de juros referencial de um ano, em 5 bp a de 5 anos e pode adotar medidas de forma a compensar parte dos efeitos da crise, numa que pode ser uma série grande de ações, com o gradual retorno da produção e menor avanço do vírus.
A taxa de 1 ano pode cair mais 10 a 20 bp.
Localmente, o dólar continua a desafiar o trabalho do Banco Central, quando testou novamente os parâmetros de alta, mas acabou devolvendo praticamente tudo no final, sem intervenção definida, num movimento que contrariou inclusive a média global.
Hoje as atenções se voltam ao IPCA-15, onde projetamos uma desinflação de 0,71% para 0,26%, com o recuo de alimentos frescos, em especial carnes e os impactos de energia elétrica e combustíveis.
A tendência declinante de diversos índices começa a perder força e o impacto da elevação de 3% no preço da gasolina pode frear o processo que se alastrou por todo o mês de janeiro.
Chama a atenção a arrecadação de impostos de janeiro, com crescimento sazonal e nos EUA, indicadores antecedentes.
Atenção aos balanços de Copasa (SA:CSMG3), Telefônica (SA:VIVT4), Gol (SA:GOLL4) e Wiz (SA:WIZS3) antes da abertura e Notre Dame, Carrefour (SA:CRFB3), Lojas Americanas (SA:LAME4), RaiaDrogasil, Sul América (SA:SULA11) e Vale (SA:VALE3) após o fechamento.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com balanços corporativos mais fracos.
Na Ásia, dia positivo, com o corte de juros do Banco Popular da China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, devolução de ganhos, com exceção ao minério de ferro e ouro.
O petróleo abre em alta, com perspectiva de menor impacto do Coronavírus.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,95%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,3639 / 0,04 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / -0,046%
Dólar / Yen : ¥ 111,98 / -0,536%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,139%
Dólar Fut. (1 m) : 4369,76 / 0,21 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,65 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,20 % aa (-1,33%)
DI - Janeiro 25: 5,97 % aa (-0,50%)
DI - Janeiro 27: 6,37 % aa (-0,31%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,3397% / 116.518 pontos
Dow Jones: 0,3963% / 29.348 pontos
Nasdaq: 0,8676% / 9.817 pontos
Nikkei: 0,34% / 23.479 pontos
Hang Seng: -0,17% / 27.609 pontos
ASX 200: 0,25% / 7.162 pontos
ABERTURA
DAX: -0,107% / 13774,23 pontos
CAC 40: -0,132% / 6103,16 pontos
FTSE: 0,113% / 7465,43 pontos
Ibov. Fut.: 1,39% / 117130,00 pontos
S&P Fut.: 0,112% / 3391,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,090% / 9723,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,10% / 76,49 ptos
Petróleo WTI: 0,49% / $53,55
Petróleo Brent: 0,08% / $59,20
Ouro: -0,17% / $1.609,72
Minério de Ferro: 0,32% / $85,70
Soja: -0,20% /$ 895,25
Milho: -0,20% / $379,75
Café: -0,56% / $106,20
Açúcar: 0,00% / $15,56