A volatilidade tem como característica a forte oscilação de preço dos ativos, seja no intraday, ou mesmo durante períodos mais longos, como semanas.
Não somente o mercado brasileiro, tradicionalmente volátil, tem passado por isso, como podemos observar nos movimentos das bolsas internacionais recentemente, afetadas por fatores como inflação, mudanças de política monetária, nova onda pandêmica, problemas na cadeia de suprimentos e política.
Localmente, este último ponto tem sido fundamental, afinal, após tanta discussão que elevou em muito a volatilidade dos ativos locais, a PEC dos precatórios foi aprovada no senado com ampla maioria e deve voltar à câmara, onde provavelmente seguirá imaculada de volta para aprovação.
O ‘veneno’ vai sendo aplicado em doses nada homeopáticas, de forma a fazer o paciente se acostumar com o tratamento e a possibilidade de descalabro fiscal é este veneno na economia brasileira, pois abre o precedente para o aumento da dose, em especial para governos pouco comprometidos com as contas públicas.
Não somente o governo federal se beneficia da questão dos precatórios, como todos os entes federativos, pois inclui emenda que parcela as dívidas previdenciárias dos municípios com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) em até 20 anos e reduz parte das multas, juros, encargos legais e honorários advocatícios.
Ainda assim, o mercado se fará como ‘satisfeito’ pelo resultado, em especial pelo destravamento da pauta no congresso e focará em novos temas a serem corridos no pouco tempo que tem antes do recesso parlamentar.
De resto, a tendência voltaria a de acompanhar os desígnios do mercado financeiro no exterior e as reações dos investidores aos fatores acima citados, especialmente àqueles relacionados à pandemia.
Temores sobre o impacto da variante Ômicron parecem diminuir ligeiramente após cientistas na África do Sul, onde a variante foi descoberta, dizerem que as vacinas existentes ainda devem oferecer proteção contra casos graves e mortes.
Na sessão de hoje, as atenções se voltam ao mercado de trabalho nos EUA, uma longa série de PMIs em diversos países e no Brasil, a produção industrial de outubro.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, num movimento global sem rumo.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo o ocidente, com exceção de Hong Kong, com a possibilidade de fechamento de capital da Didi em NY.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e ouro.
O petróleo abre alta em Londres e Nova York, com os planos da OPEP+ de um encontro antecipado, caso a nova variante do vírus avance no mundo.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,43%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,6393 / -0,71 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,089%
Dólar / Yen : ¥ 113,28 / 0,230%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / -0,226%
Dólar Fut. (1 m) : 5685,29 / -0,27 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 11,00 % aa (-1,39%)
DI - Janeiro 23: 11,58 % aa (-2,03%)
DI - Janeiro 25: 11,26 % aa (-2,00%)
DI - Janeiro 27: 11,27 % aa (-1,31%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 3,6632% / 104.466 pontos
Dow Jones: 1,8157% / 34.640 pontos
Nasdaq: 0,8343% / 15.381 pontos
Nikkei: 1,00% / 28.030 pontos
Hang Seng: -0,09% / 23.767 pontos
ASX 200: 0,22% / 7.241 pontos
Abertura
DAX: -0,104% / 15247,25 pontos
CAC 40: -0,073% / 6790,79 pontos
FTSE 100: 0,110% / 7137,08 pontos
Ibovespa Futuros.: 3,49% / 104531,00 pontos
S&P 500 Futuros.: -0,24% / 4564,75 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: -0,185% / 15936,25 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 1,34% / 96,40 ptos
Petróleo WTI: 2,89% / $68,09
Petróleo Brent: 3,30% / $71,46
Ouro: -0,04% / $1.770,38
Minério de ferro: 0,32% / $101,82
Soja: 0,80% / $1.253,75
Milho: 0,22% / $578,25
Café: 1,39% / $237,45
Açúcar: 0,64% / $18,72