Após os temores intervencionistas da semana anterior, relembrando os piores momentos do governo Dilma sobre a Petrobras (SA:PETR4) e a Eletrobras (SA:ELET3), a semana começa com foco na atividade econômica brasileira e as perspectivas de retomada com o novo governo.
As movimentações políticas ainda preocupam os investidores de maneira generalizada e as decisões de investimento, principalmente na economia real ainda não ganharam ‘tração’ no início deste ano, ainda que alguns indicadores a partir de fevereiro superaram as expectativas médias.
A questão política em partes dominando o cenário econômico em nível local e internacional deve ser uma constância nos próximos meses, com a questão do Brexit, guerra comercial, agora se alastrando pela Europa e a série de reformas estruturantes necessárias ao Brasil.
Enquanto os ‘assuntos’ não se resolverem, a atividade econômica deve responder com apreensão aos eventos políticos e cautela nos investimentos, em especial em países emergentes.
Enquanto isso, alimentação e transportes continuam a pesar nos índices de inflação e o alívio recente no atacado se desfez no IGP-10 de hoje, o qual registrou 1% para abril, com alta de 1,19% somente no atacado.
Este cenário se une à uma atividade econômica em fevereiro com contração acima das expectativas no IBC-Br, com queda de -0,73% e 2,49% em 12 meses, ou seja, corroborando com o contexto de atividade econômica fraca, à espera de conclusões da esfera política.
Na agenda corporativa internacional, destacam-se os resultados de Citigroup, Goldman Sachs e Charles Schwab.
CENÁRIO POLÍTICO
Campos Neto, presidente do BC diz que a preocupação do presidente Bolsonaro com uma possível greve dos caminhoneiros é legitima, dados os efeitos econômicos nefastos de tal evento.
Em meio ao mercado, rodam as famosas notícias de ‘fontes’ onde se diz que Guedes já tinha noção da possível intervenção do presidente, imaginando as consequências de uma nova paralisação.
Hoje, na reunião do ministro com o presidente, deve-se avaliar os dados de precificação dos combustíveis para se avaliar o como se dão os aumentos e mostrar a diferença disso à inflação.
O que se dá entender é uma possível operação abafa ao movimento descoordenado da Presidência quanto à possibilidade não confirmada de paralisação e uma tentativa de conserto em meio aos efeitos negativos nas ações da Petrobras.
Mais uma vez, o pecado grave é na comunicação e o amadorismo precisa ser superado urgentemente. Se foi o que realmente aconteceu, errou novamente na forma, acertou no conteúdo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em mista, com a temporada de balanços.
Na Ásia, o fechamento foi misto, em reação aos dados na China acima das expectativas e conversas com os EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos até os 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre.
O petróleo abre em queda, com possível aumento na oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,5%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8818 / 0,56 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,150%
Dólar / Yen : ¥ 111,95 / -0,062%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,283%
Dólar Fut. (1 m) : 3885,34 / 0,56 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,14 % aa (0,14%)
DI - Janeiro 23: 8,27 % aa (0,36%)
DI - Janeiro 25: 8,81 % aa (0,92%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,98% / 92.875 pontos
Dow Jones: 1,03% / 26.412 pontos
Nasdaq: 0,46% / 7.984 pontos
Nikkei: 1,37% / 22.169 pontos
Hang Seng: -0,33% / 29.811 pontos
ASX 200: 0,00% / 6.251 pontos
ABERTURA
DAX: 0,143% / 12017,09 pontos
CAC 40: 0,113% / 5508,91 pontos
FTSE: -0,079% / 7431,20 pontos
Ibov. Fut.: -2,03% / 92922,00 pontos
S&P Fut.: -0,017% / 2912,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,029% / 7650,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,40% / 82,35 ptos
Petróleo WTI: -0,94% / $63,29
Petróleo Brent:-0,92% / $70,89
Ouro: -0,29% / $1.286,70
Minério de Ferro: 0,20% / $93,79
Soja: -0,06% / $15,94
Milho: 0,48% / $362,75
Café: 0,33% / $90,40
Açúcar: 0,00% / $12,77