Entre uma tentativa de acordo comercial dos EUA com a China, passando por questões internas em países emergentes, o resultado foi a forte volatilidade observada ontem nos mercados.
O dólar, após um período de intensas altas, perdeu força, após os emissários de Trump elencarem uma série de exigências para um acordo comercial com a China, a qual dificilmente seria aceita na sua integralidade pela segunda maior economia do mundo.
Nos mercados emergentes, Turquia e Argentina foram as únicas moedas a “apanhar” do dólar, a primeira por problemas semelhantes ao Brasil há alguns anos, com inflação superando as expectativas dos analistas e acima de 10% aa e rebaixamento para linha junk.
Na Argentina, o peso se desvalorizou após a segunda intervenção nos juros em menos de 2 semanas, agora aos 33,25% aa e uma corrida pelo dólar.
Em todo este cenário, a intervenção do BC com swaps valorizou o Real, aliado à uma queda global do dólar.
Tais volatilidades tem a ver com as incertezas em relação às taxações dos EUA, os avanços do barril do petróleo e os movimentos de juros por parte do Fed.
Localmente, pode-se adicionar o elemento político, o qual gera incertezas suficientes para que a atividade econômica tenha dificuldade em avançar decentemente.
Emergentes na berlinda.
CENÁRIO POLÍTICO
Com a restrição ao foro privilegiado aprovado no STF, o congresso se sente “pessoalmente atingido” pela tese deixada de lado que todos os outros poderes também deveriam sofrer as mesmas sanções.
Com isso, a câmara se prepara para contra-atacar ao retomar a votação de algum modelo semelhante à PEC 333/17, não podendo ser votada devido à intervenção federal no Rio de Janeiro.
Maia instala uma comissão para tentar avaliar uma maneira de avançar com a pauta sem ferir a constituição. Briga boa, com resultados positivos ao país.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY caem, com a conversas comerciais entre China e EUA.
Na Ásia, o fechamento foi negativo em sua maioria após fechamento negativo no ocidente.
O dólar opera em alta queda a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, com as sanções contra o Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 0,9%.
Atenção aos resultados de Alibaba e ABC Brasil (SA:ABCB4).
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,5272 / -0,70 %
Euro / Dólar : US$ 1,20 / -0,184%
Dólar / Yen : ¥ 108,97 / -0,201%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / -0,066%
Dólar Fut. (1 m) : 3536,50 / -0,34 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,28 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,05 % aa (0,86%)
DI - Janeiro 21: 8,04 % aa (0,50%)
DI - Janeiro 25: 9,72 % aa (-0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,49% / 83.288 pontos
Dow Jones: 0,02% / 23.930 pontos
Nasdaq: -0,18% / 7.088 pontos
Nikkei: -0,16% / 22.473 pontos
Hang Seng: -1,28% / 29.927 pontos
ASX 200: -0,58% / 6.063 pontos
ABERTURA
DAX: 0,430% / 12744,67 pontos
CAC 40: -0,073% / 5497,66 pontos
FTSE: 0,468% / 7537,79 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 83776,00 pontos
S&P Fut.: -0,133% / 2628,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,233% / 6649,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,16% / 89,63 ptos
Petróleo WTI: 0,38% / $68,69
Petróleo Brent:0,39% / $73,91
Ouro: -0,10% / $1.310,77
Minério de Ferro: -1,07% / $66,72
Soja: 0,51% / $18,98
Milho: -0,25% / $398,50
Café: 0,49% / $122,20
Açúcar: -0,34% / $11,67